O preso brasileiro Danilo Cavalcante, que escapou de uma cadeia no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, no final de agosto, foi capturado nesta quarta-feira (13), segundo informou a polícia local.
Ele havia sido avistado nas últimas horas ao sul da cidade de Coventry Township, em Ohio. As autoridades policiais pediram aos residentes da região que não saíssem de casa, fechassem comércios e, caso avistassem o fugitivo, ligassem para o número de emergência 112.
O brasileiro foi preso sob um forte esquema de segurança. A polícia estadual da Pensilvânia ainda não divulgou mais detalhes de como aconteceu a prisão e deverá fornecer mais informações em uma entrevista coletiva ainda nesta tarde.
Danilo Cavalcante, de 34 anos, nascido no Brasil, escapou da prisão do condado de Chester, em Pocopson Township, sudeste da Pensilvânia, em 31 de agosto.
Ele aguardava transferência para um presídio estadual após ser condenado à prisão perpétua no dia 22 de agosto pelo assassinato da namorada, Débora Brandão, em abril de 2021, na casa em que dividiam. O homem também foi processado por um caso de homicídio no Brasil em 2017.
O tenente-coronel George Bivens, da polícia da Pensilvânia, disse que ao menos 500 policiais participaram da operação para encontrar o fugitivo.
O fugitivo escapou da prisão escalando duas paredes do pátio de exercícios. O homem apoiou os braços e as pernas em ambos os lados das paredes e avançou gradativamente até desaparecer de vista.
No domingo (10), a irmã de Danilo, que reside nos EUA, foi procurada pela polícia e presa com documentos vencidos. Ela não colaborou com informações sobre o irmão e deve ser deportada de volta ao Brasil.
Na segunda-feira (11), as autoridades receberam um chamado de um morador que relatou uma invasão em sua propriedade por um homem com características semelhantes à descrição do fugitivo. Ele levou um rifle de calibre 22 de sua garagem.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse à Globo News que não há hipótese de extradição ao Brasil de Cavalcante, condenado à prisão perpétua.
“Não, porque os crimes foram todos lá e não tem hipótese de extraterritorialidade no caso”, disse Dino. (Com informações da Agência EFE)