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Espanha

Após duas semanas, espanhóis mantêm ato antigoverno

Manifestantes na Porta do Sol, a principal praça de Madri, na Espanha | REUTERS/Andrea Comas
Manifestantes na Porta do Sol, a principal praça de Madri, na Espanha (Foto: REUTERS/Andrea Comas)

Após 14 dias de protestos, os jovens manifestantes espanhóis decidiram ontem continuar acampados na Porta do Sol, a principal praça de Madri. Mesmo cansados, os jovens decidiram em assembleia que o protesto segue contra a situação política, econômica e social da Espanha. Os manifestantes também rejeitaram o plano de fazer protestos menores nos bairros e defendem que os dois principais partidos do país - PP e PSOE - executem uma reforma política para dar mais voz aos grupos menores.

Nascido da insatisfação de jovens com um país com desemprego de 21% - que alcança quase 50% entre os mais novos -, o "Acampadasol" surgiu nas redes sociais no dia 15 e ganhou réplicas rapidamente em todo o país e algumas cidades europeias em crise, como Atenas e Lisboa. O surgimento do movimento aconteceu exatamente uma semana antes das eleições municipais em que o grande vencedor foi o Partido Popular (PP), grupo conservador e de oposição ao primeiro-ministro socialista José Luis Rodríguez Zapatero.

A organização do acampamento mantinha ontem diversas barracas no centro da praça para arrecadar assinaturas em apoio ao movimento explicar as intenções do grupo, recolher sugestões, distribuir comida, além de atividades lúdicas como leitura, poesia e até ioga. Entre os 3 mil que lotaram a praça em Madrid, havia de tudo: os que estavam desde o início do movimento, os que chegaram horas antes e centenas que vão e voltam todos os dias.

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