A escolha do reformista Hassan Rohani como novo presidente do Irã foi vista com bons olhos pelos Estados Unidos, que considerou a mesma como um "sinal de esperança" de que o país realizará as mudanças necessárias para trabalhar junto com a comunidade internacional, afirmou neste domingo (16) o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough.

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"Se ele está, como afirmou em seus atos de campanha, interessado em regular as relações do Irã com o resto do mundo, há uma oportunidade de fazermos", afirmou McDonough em declarações à emissora "CBS".

Neste caso, o principal aspecto será saber se Rohani terá vontade "de se responsabilizar pelo programa nuclear ilícito do Irã". "Se fizer isso, ele encontrará um aliado", completou o assessor-chefe do presidente americano, Barack Obama.

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McDonough ressaltou que as eleições presidenciais da última sexta-feira no Irã foram realizadas em um contexto de "falta de liberdade de imprensa, falta de transparência e, em muitos casos, assédio".

"Acho que levando em conta essas circunstâncias muito difíceis, todos deveríamos estar bastante orgulhosos da forma como os iranianos decidiram participar para expressar suas opiniões e aspirações democráticas", assinalou.

Ontem, após a confirmação do resultado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também reconheceu a vitória de Rohani, que assumiu a presidência iraniana no primeiro turno ao superar os 50% dos votos emitidos.

Carney assegurou que os Estados Unidos "segue preparado para se relacionar com o governo iraniano de forma direta para alcançar uma solução diplomática que responda de forma completa às preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear do Irã".

O presidente dos EUA, Barack Obama, tratou no início de seu segundo mandato de impulsionar um diálogo direto com Teerã sobre a questão nuclear, mas essa possibilidade foi descartada em fevereiro pelo líder saliente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que considerou a proposta como uma "imposição".

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