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Queda

Após encontrar corpos, Indonésia suspende buscas por avião

Dos sete restos mortais encontrados, dois já foram levados para Surubaia, de onde o avião saiu, para que sejam identificados | EFE/Made Nagi
Dos sete restos mortais encontrados, dois já foram levados para Surubaia, de onde o avião saiu, para que sejam identificados (Foto: EFE/Made Nagi)

As autoridades da Indonésia não encontraram nesta quarta-feira (31) a fuselagem do Airbus A320 da AirAsia que caiu no domingo (28) no mar de Java, com 162 pessoas a bordo. Mais cedo, foram achados os corpos de sete passageiros.

Por volta das 16 horas locais (7 horas em Brasília), as buscas foram suspensas devido aos fortes ventos e chuvas que atingem a região. Dos sete restos mortais, dois já foram levados para Surubaia, de onde o avião saiu, para que sejam identificados.

As informações sobre o paradeiro dos destroços, no entanto, ainda são desencontradas. Inicialmente, o chefe do resgate, Muhammad Hernanto, disse que um sonar havia detectado o avião no fundo do mar, a profundidade entre 30 e 50 metros.

Horas depois, a informação foi desmentida pelo diretor da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, Bambang Soelistyo. "Até agora não encontramos o avião. Nós só achamos sete corpos neste dia."

Os primeiros destroços do Airbus A320 foram encontrados na superfície da água entre 100 e 200 quilômetros do ponto onde a aeronave fez o último contato com o controle de tráfego aéreo indonésio.

Além de encontrar corpos, as autoridades esperam encontrar as caixas-pretas da aeronave para descobrir o que provocou a queda. Diversos países colaboram nas buscas e a França, que abriga a sede da Airbus, participa das investigações.

Colete

Segundo as equipes de resgate, um dos corpos era de uma comissária de bordo e outro deles estava com colete salva-vidas. O fato de que uma pessoa tenha usado o equipamento pode indicar que os passageiros tenham sido avisados da queda.

Com base nesta informação, analistas afirmam que o avião pode ter se partido na água e não no ar. A principal hipótese é que o acidente teria ocorrido quando os pilotos faziam uma manobra para desviar de uma tempestade.

O piloto solicitou à torre de controle para fazer um desvio à esquerda na rota e subir de 32 mil para 38 mil pés com o objetivo de evitar uma tempestade. A alteração de curso foi aprovada, mas a elevação negada porque outra aeronave já trafegava na mesma altitude.

Minutos depois, quando os controladores de voo tentaram entrar em contato para informar que o avião da AirAsia estava autorizado a subir até 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave já havia sumido dos radares.

Estavam a bordo 155 passageiros e outros sete integrantes da tripulação. Entre eles há 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês (copiloto), um malaio e um cingapuriano.

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