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Opositores Claudia Macero (à esquerda), Pedro Uchurrurtu (ao centro) e Magalli Meda (à direita), asilados na residência do embaixador da Argentina, em Caracas, na Venezuela
Opositores Claudia Macero (à esquerda), Pedro Uchurrurtu (ao centro) e Magalli Meda (à direita), asilados na residência do embaixador da Argentina, em Caracas, na Venezuela| Foto: EFE/ Henry Chirinos ARCHIVO

As forças do regime de Nicolás Maduro cessaram neste domingo (8) seu cerco contra a embaixada da Argentina em Caracas, que está sob custódia do Brasil, segundo informações do jornal argentino Clarín, veiculadas pelo portal venezuelano Efecto Cocuyo.

O prédio da embaixada na Venezuela estava sob assédio das forças chavistas desde a noite de sexta-feira (6), quando foi também interrompido o fornecimento de energia para o local.

Os ocupantes do prédio informaram ao Clarín neste domingo que os agentes do serviço de inteligência chavista haviam deixado o local e que o fornecimento de energia tinha sido restaurado. A ação ocorreu logo após o opositor Edmundo González Urrutia deixar a Venezuela rumo à Espanha, onde deverá ficar refugiado após sofrer perseguição.

Maduro havia revogado a custódia brasileira sobre a embaixada argentina, que teve seus diplomatas expulsos de Caracas, por abrigar opositores membros do partido de María Corina Machado que, segundo ele, estavam utilizando o local para planejar “atentados terroristas”. O regime chavista não apresentou provas de suas alegações.

A medida foi rejeitada pelo presidente da Argentina, Javier Milei, que foi o responsável por conceder refúgio aos seis opositores que atualmente estão no prédio.

“Qualquer tentativa de intromissão ou rapto dos requerentes de asilo que permanecem na nossa residência oficial será duramente condenada pela comunidade internacional. Ações como estas reforçam a convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na Venezuela de Maduro”, advertiu neste sábado uma nota divulgada pela chancelaria argentina.

Em nota ao portal G1 neste sábado, o Itamaraty havia dito que a prioridade do Brasil era garantir a integridade dos abrigados na embaixada e que o local continuaria sob responsabilidade brasileira.

"O Brasil continua a representar os interesses da Argentina. Se a Venezuela quiser revogar a autorização, tem que esperar a definição de um país substituto. Enquanto isso, continuamos a assumir essa responsabilidade", dizia a nota.

O assédio do regime venezuelano contra a embaixada também havia sido criticado por Uruguai, Chile e Paraguai.

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