Os venezuelanos foram às urnas neste domingo para eleger os novos membros do parlamento. Os aliados do presidente esquerdista Hugo Chávez devem obter maioria no Congresso, especialmente depois que a oposição declarou boicote ao pleito.

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Horas antes da votação começar, um oleoduto no Oeste do país foi explodido, ação denominada pelo governo como um "ataque terrorista" ao setor petrolífero venezuelano, o quinto maior exportador da commodity no mundo.

Segundo o ministro de Energia, Rafael Ramirez, a explosão não afetou o abastecimento de combustível e o fogo está sob controle.

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Chávez também acusou os Estados Unidos de orquestrar o boicote decretado por parte da oposição, com o objetivo de desestabilizar seu governo com uma crise política. Ele insistiu que o boicote inclui apenas uma minoria de candidatos que não invalidará as eleições.

Apesar de terem concordado anteriormente em participar da votação, os principais grupos de oposição disseram que vão se abster de votar e acusaram as autoridades eleitorais de favorecer Chávez e manipular as urnas eletrônicas.

Os parlamentares partidários do líder esquerdista devem conseguir maioria no Congresso. Pesquisas mostram que eles já tendiam a ganhar, mesmo antes do boicote ser anunciado. Atualmente, os deputados da Assembléia Nacional que apóiam Chávez detêm 86 assentos, contra 79 da oposição. Este ano, dois novos assentos foram inaugurados.

Os partidários do presidente querem promover reformas constitucionais, como eliminar o limite de dois mandatos presidenciais consecutivos. A oposição teme que isso dará a Chávez mais poder nas eleições presidenciais de dezembro de 2006.

Eleito em 1998, Chávez construiu sua popularidade ao investir a receita da indústria petrolífera em programas de assistência aos pobres, como parte de sua revolução socialista.

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- Esses partidos de menor importância estão tentando chamar a atenção. Eles são apenas serviçais dos imperialistas - disse ele em cadeia nacional de televisão no sábado - Não existe crise política na Venezuela - acrescentou.