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Crime organizado

Após extradição de Ovidio, outros filhos de “El Chapo” entram na mira dos EUA

Ovídio - El Chapo - Traicante - Tráfico - EUA - México
Ovidio Guzmán, filho do traficante El Chapo, era um dos líderes do maior cartel mexicano, o Sinaloa (Foto: Divulgação/Governo Mexicano)

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O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, afirmou durante uma reunião com famílias de vítimas do Fentanil que o julgamento do narcotraficante mexicano Ovidio Guzmán, filho de Joaquín “El Chapo”, “não será o último que eles verão no país", em meio a uma luta do governo americano contra o tráfico de drogas.

“Há duas semanas extraditamos Ovidio Guzmán López, líder do Cartel de Sinaloa e filho do infame 'El Chapo'. Ele é um dos dois líderes da grande organização criminosa e agora está em nossas mãos. Não será o último”, disse o procurador-geral americano.

Garland afirmou que o Ministério Público dos EUA e a Administração Antidrogas dos EUA (DEA) estão trabalhando para levar à Justiça aqueles que colocam em perigo as cidades americanas com "drogas mortais".

Ovidio Guzmán, detido no México em janeiro passado, foi extraditado para os EUA em 15 de setembro e encarcerado numa prisão de Chicago, onde aguarda julgamento por tráfico de droga.

O governo americano também pediu ao México que capturasse e extraditasse os outros filhos de “El Chapo” – que cumpre pena de prisão perpétua nos EUA -, Iván Archivaldo Guzmán, Jesús Alfredo Guzmán e Joaquín Guzmán.

Garland disse que o Cartel de Sinaloa e o Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG) estão “alimentando a epidemia” de fentanil nos Estados Unidos, onde só no ano passado mais de 70 mil pessoas morreram por overdose do opioide sintético.

Segundo o governo americano, os cartéis são acusados de comprar produtos químicos na China para usarem ​​na fabricação do Fentanil em laboratórios clandestinos no México para, em seguida, ser vendido a traficamos nos Estados Unidos.

Somente neste ano, foram apreendidos mais de 55 mil comprimidos da droga sintética, que é 50 vezes mais potente que a heroína.

A diretora da DEA, Anne Milgram, disse que as autoridades mexicanas são "responsáveis ​​pela devastação sofrida pelos Estados Unidos" e afirmou que o governo de Joe Biden “não pode aceitar nem mais uma morte” devido às drogas.

Milgram disse ainda que o governo não está apenas perseguindo os traficantes, mas também todos os envolvidos nas cadeias de abastecimento.

Ela afirmou que duas cidades chinesas - não identificadas - são acusadas de trabalhar para uma empresa que vende produtos químicos utilizados na produção de fentanil. No entanto, não deu mais detalhes sobre as informações durante o encontro, que aconteceu em Virgínia. (Com informações da Agência EFE)

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