O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reafirmou em entrevista coletiva neste domingo (23) que foi “legitimamente eleito” pelo povo ucraniano e disse que não ficou ofendido com o rótulo de “ditador” dado pelo presidente americano Donald Trump.

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"Eu não consideraria as palavras de Donald Trump como um elogio. Não estou ofendido, mas um ditador estaria", disse Zelensky. “Não sou [um ditador]. Sou um presidente legitimamente eleito”, rebateu Volodymyr Zelensky.

Na última quarta-feira (19), Trump acusou Zelensky por ainda não ter convocado eleições gerais na Ucrânia. Oficialmente, o mandato do ucraniano terminou em maio do ano passado, mas Zelensky está apoiado pelo regime de lei marcial, medida que barra o processo eleitoral ucraniano enquanto o país estiver em guerra com a Rússia.

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Outro ponto debatido pelo presidente ucraniano foi um possível acordo entre Ucrânia e EUA sobre as exigências dos americanos de US$ 500 bi em riquezas minerais da Ucrânia em troca do auxílio do país durante a guerra. "Precisamos nos encontrar e conversar sobre isso. Eu acho que esta reunião deve ser justa", disse Zelensky durante a conferência em Kiev.

Zelensky também afirmou neste domingo que estaria disposto a renunciar “imediatamente” em troca do fim da guerra e do ingresso da Ucrânia como um dos países componentes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Se há uma chance de paz para a Ucrânia, se a minha saída é necessária para isto, eu estou pronto… Posso trocar meu cargo pela [entrada na] Otan”, disse.

Apesar do comentário de Zelensky, agentes americanos, como o secretário de Defesa Pete Hegseth, acreditam que a adesão da Ucrânia não é “realista” no momento. "Os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à NATO seja um resultado realista de uma solução negociada", comentou Hegseth no início deste mês.