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Pressão da China

Após fechamento de jornais, líder de Hong Kong nega fim da liberdade de imprensa

Carrie Lam, chefe do Executivo de Hong Kong, preside cerimônia de posse do Legislativo, 3 de janeiro (Foto: EFE/EPA/JEROME FAVRE)

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Carrie Lam, chefe do Executivo de Hong Kong, rejeitou denúncias de que a liberdade de imprensa na cidade enfrenta a "extinção", depois que mais um jornal local independente, o Citizen News, encerrou atividades devido a preocupações com segurança, enquanto a China intensifica a repressão sobre o território.

"Eu li notícias nesta manhã, por causa do fechamento de um veículo online, de que a liberdade de imprensa enfrenta a extinção em Hong Kong. Eu simplesmente não posso aceitar tais alegações", afirmou Lam durante sua coletiva de imprensa semanal nesta terça-feira.

Lam também negou que o fechamento dos jornais esteja ligado à imposição da Lei de Segurança Nacional por Pequim.

"Se a implementação da lei de segurança nacional prejudicasse a liberdade de imprensa, não veríamos nenhuma liberdade de imprensa no mundo ocidental. Diga-me um país ocidental que não tenha uma lei de segurança nacional", afirmou a líder de Hong Kong.

Pequim é acusada por países ocidentais e grupos de direitos civis de causar a deterioração das liberdades e da democracia em Hong Kong, especialmente após a imposição da lei de segurança nacional, que criminaliza atos de "subversão" e de "conluio" com atores estrangeiros para interferir em questões da cidade.

Desde a introdução da lei, em junho de 2020, três jornais pró-democracia em Hong Kong já fecharam as portas e diversos ativistas foram presos.

O jornal independente Citizen News anunciou no domingo (2) que encerraria suas operações a partir desta terça-feira, cinco anos após a sua fundação. Em comunicado, o veículo citou preocupações com a segurança de seus jornalistas.

"Nós todos amamos profundamente esse lugar. Lamentavelmente, o que está diante de nós não são apenas chuvas ou ventanias, mas furacões e tsunamis", diz o comunicado.

O anúncio do Citizen News foi feito dias após o fechamento de outro jornal pró-democracia, o Stand News, que foi alvo de uma operação policial na última quarta-feira. Cerca de 200 agentes de segurança invadiram a redação do jornal e prenderam sete pessoas por "conspiração para veicular publicações sediciosas (insurreição contra a autoridade estabelecida".

No mesmo dia durante a tarde, o jornal anunciou que estava encerrando as operações.

Em junho deste ano, executivos do jornal pró-democracia Apple Daily foram presos por suposto "conluio com país estrangeiro". Posteriormente, o periódico encerrou as suas atividades.

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