O ex-presidente Donald Trump desafiou o atual mandatário americano Joe Biden para um novo debate em sua rede social Truth Social, nesta quinta-feira (4).
No entanto, a condição colocada pelo adversário republicano foi que, desta vez, não haja moderadores no confronto. Na publicação, Trump solicitou uma discussão "sem restrições" com Biden sobre o futuro do país.
"Deixe Joe explicar o motivo dele querer as fronteiras abertas, com milhões de pessoas e muitos criminosos violentos de lugares desconhecidos entrando no país, invadindo nossa outrora grande nação", diz um trecho da postagem. Trump ainda atacou outras pautas defendidas pelos democratas atualmente no poder.
O republicano busca um novo debate após o resultado do primeiro, do dia 27 de junho, que foi considerado desastroso para Biden. "Isso provaria, sob grande pressão, sua competência ou a falta dela. Da mesma forma, seria mais um teste para mim. Que ótima noite seria, só nós dois, frente à frente, em um bom e velho debate, do jeito que costumava ser. A QUALQUER HORA, EM QUALQUER LUGAR, EM QUALQUER LUGAR!!!", escreveu Trump.
Em meio ao aumento da pressão sobre sua continuidade na corrida eleitoral, Biden concordou em ser entrevistado pela imprensa americana, na tentativa de aplacar críticas que vem recebendo. Na noite desta sexta-feira (5), ele será entrevistado pelo jornalista George Stephanopoulos, da emissora americana ABC.
A emissora também tem programado um segundo debate entre os dois candidatos à presidência no dia 10 de setembro. A rede ainda não anunciou os moderadores para o confronto.
Biden intensifica campanha
Em meio a críticas por seu desempenho medíocre no primeiro debate da corrida à Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, viajará nos próximos dias aos estados de Wisconsin e Pensilvânia, fundamentais para garantir sua vitória contra Donald Trump nas eleições de novembro.
Antes disso, sua equipe anunciou nesta sexta em comunicado o lançamento de uma campanha “agressiva e específica” para chegar aos eleitores nos “estados disputados que decidirão esta eleição”.
Neste fim de semana, Biden viajará para Wisconsin e Pensilvânia, que fazem parte do chamado “muro azul” dos EUA - que inclui também Michigan -, estados que desde 1992, com exceção de 2016, votam nos democratas.
Depois da viagem a Wisconsin e Pensilvânia neste fim de semana, Biden retornará a Washington para a cúpula da Otan na próxima semana.
Durante as celebrações do Dia da Independência de 4 de julho de ontem, Biden respondeu àqueles que o apelavam para permanecer na corrida com um retumbante “Não vou a lugar nenhum”.
O presidente americano fez um churrasco nos jardins da Casa Branca para comemorar o Dia da Independência e quando apoiadores gritaram "Continue lutando. Precisamos de você", ele respondeu: "Confie em mim. Não vou a lugar nenhum".
Biden tem respondido há vários dias a perguntas privadas e públicas sobre se conseguirá enfrentar um segundo mandato aos 81 anos e se está em condições de derrotar Trump.
Seu fraco desempenho no debate da semana passada contra Trump gerou especulações sobre se ele deveria ser substituído antes da convenção democrata em agosto.
Biden confessou em uma reunião nesta quarta-feira com governadores democratas na Casa Branca que terá de dormir mais e evitará organizar eventos depois das 20h, segundo a imprensa americana.
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