As Forças Armadas da Rússia afirmaram nesta segunda-feira (15) que um grupo de navios militares do país estará em Cuba pela primeira vez desde o fim da União Soviética, no fim dos anos 80. A frota, vista como mais um capítulo do crescimento das tensões entre Moscou e Washington, ancorará em Havana no dia 19 deste mês, permanecendo em águas cubanas até 23. Cuba foi cenário da Crise dos Mísseis, em 1962, que quase levou americanos e soviéticos à guerra.
O giro da Marinha russa por águas próximas dos EUA já passou por Venezuela, onde foram realizados exercícios militares no Mar do Caribe, e pela Nicarágua, países em que a esquerda tem grande força. Recentemente, o presidente russo, Dmitry Medvedev, reuniu-se com líderes cubanos - entre eles, Fidel Castro - no que chamou de uma forma de reviver as "relações privilegiadas" da era soviética.
A passagem das embarcações pela área de influência americana é considerada uma resposta à estratégia de Washington de se aproximar da esfera que estava sob influência dos soviéticos durante a antiga Guerra Fria, incluindo os países às margens do Mar Negro.
Entre os pontos mais polêmicos das relações entre russos e americanos está a questão do escudo antimísseis que os EUA querem erguer no Leste Europeu. Os destinos mais prováveis são a Polônia e a República Tcheca. Como resposta, o governo russo já ameaçou direcionar mísseis para a região.
- Navios de guerra russos vão passar por Cuba
- Raúl Castro faz sua primeira viagem internacional como presidente cubano
-
Osmar Terra explica como reverter decisão do STF sobre a maconha
-
Relação entre Lula e Milei se deteriora e enterra liderança do petista na América do Sul
-
O plano de Biden para tentar sair da crise: aparentar normalidade e focar em Trump
-
STF julga pontos que podem mudar a reforma da Previdência; ouça o podcast