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Argentina

Após greves, Milei busca empresas privadas para assumir rotas de estatal do setor aéreo

Após greves, Milei busca empresas privadas para assumir rotas de estatal do setor aéreo
Avião da Aerolíneas Argentinas pousando no aeroporto de Buenos Aires em 2021 (Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni)

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O governo de Javier Milei anunciou nesta quinta-feira (19) que começou a conversar com empresas privadas latino-americanas para “assumir a operação” da estatal Aerolíneas Argentinas, em consequência do conflito com os sindicatos aeronáuticos que exigem melhores salários.

“Em virtude das persistentes greves convocadas pelo sindicato liderado por [Pablo] Biró e companhia, que afetaram cerca de 40 mil passageiros, o governo nacional iniciou conversas com várias empresas privadas latino-americanas para finalmente assumir a operação da Aerolíneas Argentinas, caso as extorsões que os argentinos estão recebendo continuem”, anunciou o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em entrevista coletiva.

Fontes do gabinete de governo disseram à Agência EFE que o anúncio de Adorni trata sobre “outras empresas assumirem as rotas que a Aerolíneas não está cobrindo devido à greve".

A greve sobre a qual Adorni comentou foi a liderada pela Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA) e pela Associação Argentina de Aeronavegantes (AAA) entre o meio-dia da última sexta-feira (13) e o sábado (14), durante 24 horas, que afetou cerca de 37 mil passageiros e custou à Aerolíneas Argentinas mais de US$ 2,5 milhões.

O anúncio oficial coincide com uma paralisação hoje do pessoal administrativo da Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC), medida que não afeta os voos.

“Em uma empresa privada, se você entrar em greve, será demitido. A intenção é que esse seja o destino daqueles que dificultam a vida de milhares de argentinos com essas medidas”, afirmou Adorni.

O Ministério da Segurança denunciou nesta quarta-feira (18) Biró, que é secretário-geral da APLA, por ameaças e extorsão.

A APLA, junto com outros três sindicatos do setor, vem realizando uma série de assembleias e greves nos aeroportos argentinos desde agosto, exigindo melhores salários.

Embora o governo de Javier Milei tivesse a intenção de privatizar a Aerolíneas Argentinas, a empresa foi deixada de fora da lista de empresas públicas a serem privatizadas que o Executivo incluiu em sua Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos.

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