O regime iraniano é liderado por Ali Khamenei| Foto: EFE/ Oficina do Líder Supremo do Irã
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O Irã realizou nesta terça-feira (16) uma série de ataques com mísseis e drones contra supostas bases de grupos terroristas no Paquistão, Iraque e Síria, em resposta aos recentes atentados que mataram dezenas de civis iranianos no último dia 3.

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Segundo informações da agência Tasnim, o Irã atingiu com mísseis e drones duas bases do grupo extremista sunita Yeish al Adl no território do Paquistão, depois de ter bombardeado áreas da Síria e do Iraque durante a madrugada.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão condenou os ataques direcionados contra o seu território, dizendo que eles foram uma "violação do espaço aéreo" do país. De acordo com a pasta, duas crianças morreram nos bombardeios e outras três pessoas ficaram feridas.

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A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que tanto na Síria quanto no Iraque os alvos eram vinculados ao Estado Islâmico (ISIS), que reivindicaram os ataques do dia 3, e ao serviço de inteligência israelense Mossad.

Os ataques iranianos causaram a morte de pelo menos quatro civis e feriram outros seis na cidade de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, onde um dos mísseis destruiu um edifício. O governo do Iraque condenou os disparos e os denunciou como uma violação à sua soberania e segurança, também negou que eles tenham sido realizados contra o Mossad.

Os Estados Unidos também criticaram as ações de Teerã e classificaram elas como “irresponsáveis”. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse que Washington “condena fortemente” e se opõe “aos ataques irresponsáveis com mísseis do Irã, os quais minam a estabilidade do Iraque”.

Os ataques iranianos ocorrem em um contexto de tensão no Oriente Médio, onde ocorre neste momento a guerra em Gaza entre Israel e os terroristas do Hamas e os confrontos no mar Vermelho entre os membros da milícia dos houthis do Iêmen e uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.

O líder supremo do regime do Irã, Ali Khamenei, disse na semana passada que iria “esmagar” os responsáveis “ocultos” pelos atentados do dia 3, que mataram cerca de 90 pessoas em Kerman e Rask, no sul do país. Eles ocorreram perto da tumba do general Qasem Soleimani, eliminado pelos Estados Unidos em 2020. (Com Agência EFE)

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