Foto fornecida pelo Ministério da Defesa da Coréia do Sul, em Seul, mostra os caças de combate sul-coreanos F-15K lançando bombas em um campo de tiro| Foto: HANDOUT/ AFP

Após o lançamento de um míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão, as forças aéreas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul realizaram nesta quinta-feira (31) exercícios sobre a península coreana. As manobras envolveram dois bombardeiros americanos supersônicos com capacidade nuclear e quatro caças furtivos dos EUA, além de caças sul-coreanos. As atividades fazem parte dos exercícios militares anuais entre EUA e Coreia do Sul, que estão em andamento desde a semana passada.  

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Realizadas em território sul-coreano, as manobras contam com milhares de soldados e se encerram nesta quinta (31). Durante as atividades, simulações de computador são projetadas para preparar EUA e Coreia do Sul para uma eventual guerra contra a Coreia do Norte.  

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Pyongyang se opõe a tais atividades e diz que esses exercícios são um ensaio geral de uma invasão a seu território. Um editorial do jornal "Rodong Sinmun", do regime norte-coreano, chegou a dizer que tais atividades podem resultar em "verdadeiros combates".  

EUA e Coreia do Sul, por sua vez, descrevem os exercícios como de "natureza defensiva".  

A tensão entre Coreia do Norte e os EUA aumentou Pyongyang após testar mísseis balísticos intercontinentais em julho. Nesta quarta-feira (30), Trump afirmou que "conversar não é a resposta" para resolver a crise.  

Trump também já havia dito que a Coreia do Norte vai responder com "fúria e fogo", caso faça novas ameaças. Segundo o presidente, as armas norte-americanas estão "engatilhadas e carregadas".  

Riscos para o Japão

Também nesta quinta, a Coreia do Norte advertiu o Japão sobre o risco de "autodestruição iminente" do país por sua aliança com os EUA.  O "vínculo militar" entre os dois aliados se tornou uma "séria ameaça" para a península coreana, disse a agência de notícias norte-coreana KCNA. 

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Antes, o premiê japonês, Shinzo Abe, denunciou o lançamento do míssil norte-coreano que sobrevoou a ilha de Hokkaido como "uma ameaça grave, séria e sem precedentes", e concordou com Trump sobre a necessidade de "incrementar a pressão exercida sobre a Coreia do Norte".