O presidente da Guiana, Irfaan Ali, respondeu neste sábado (9) à declaração de Nicolás Maduro, sobre querer resolver a disputa de Essequibo "no diálogo", seguindo o mesmo tom do ditador. “Não nos opomos a conversas e reuniões como pessoas responsáveis e como país”.
Apesar disso, diferentemente de Maduro, o mandatário guianense disse que o país aguarda uma decisão da Corte Internacional de Justiça, órgão judicial máximo da ONU, sobre o assunto. “Estamos comprometidos com a paz nesta região. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinará, finalmente, a polêmica na fronteira da Guiana com a Venezuela. Somos intransigentes neste aspecto e no respeito pelo direito internacional”, disse Ali em sua conta no X (antigo Twitter).
Nesta manhã, o líder do regime chavista se manifestou adotando um tom mais brando em relação à escalada do conflito sobre Essequibo, área rica em petróleo e outros recursos naturais, alvo de disputas com a Guiana. Segundo Maduro, “a Guiana e ExxonMobil - empresa americana que explora petróleo na região - devem sentar para conversar com o governo de Caracas. De alma e coração, queremos paz e entendimento", declarou o ditador na rede social X.
A discussão também foi motivo de telefonema entre Caracas e Lula, no início deste sábado (9). Segundo o governo brasileiro, Maduro teve uma conversa com Lula por telefone, para tratar sobre o aumento das tensões entre os dois países envolvidos na disputa territorial.
Em nota, as relações diplomáticas do Brasil afirmaram que “Lula recordou a longa tradição de diálogo na América Latina e que somos uma região de paz". O petista também destacou que discorda de qualquer ação unilateral que possa provocar uma escalada do conflito.