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Há 24 anos, Aung San Suu Kyi deixou a Europa para voltar a Mianmar (antiga Birmânia), então um país totalmente controlado pelos militares. Nesta quarta-feira (13), ela voltou à Europa como um ícone do movimento democrático em Mianmar e para falar a plateias prontas a escutar se as recentes reformas no sistema político realmente significam o fim da ditadura militar no país do Sudeste Asiático.

A viagem da política é vista como um sinal de gratidão aos governos e organizações que apoiaram a luta pacífica de Suu Kyi contra os generais por mais de duas décadas, durante as quais ela passou 15 anos em prisão domiciliar.

Suu Kyi desembarcou nesta quarta-feira em Genebra. Na quinta-feira, ela visitará a sede europeia da Organização das Nações Unidas (ONU), na cidade suíça, onde fará um discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT), cuja campanha conta a escravidão e o trabalho infantil em Mianmar atraíram a atenção internacional para a exploração abusiva que a junta militar fez do povo durante décadas.

No sábado, a ativista estará em Oslo, onde receberá o prêmio Nobel da Paz que lhe foi concedido há 21 anos (em 1991), quando Suu Kyi estava detida em Mianmar após liderar um partido que venceu as eleições de 1990, anuladas pela junta. O prêmio ajudou a tornar mundialmente conhecida a luta de Aung San Suu Kyi. Na próxima semana, ela irá a Londres, onde viveu até 1988. O ex-marido de Suu Kyi, Michael Aris, morreu de câncer na capital inglesa em 1999, quando ela estava em prisão domiciliar em Mianmar.

As informações são da Associated Press.

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