Enquanto mais corpos eram retirados do mar, depois da colisão de um barco de passageiros e um navio de carga ter deixado pelo menos 38 mortos nas Filipinas na semana passada, o país com um péssimo retrospecto em segurança marítima mais uma vez se perguntava: o que aconteceu de errado?

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Autoridades dizem que as 82 pessoas listadas como desaparecidas devem provavelmente ter morrido, presas no barco de passageiros que afundou no porto de Cebu depois da batida de sexta-feira (16).

Mergulhadores trabalham para ter acesso à embarcação, a 45 metros de profundidade, e para conter um vazamento de óleo. A investigação formal sobre o acidente só começará após o fim do trabalho de resgate.

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Histórico

Nas Filipinas, um país formado por 7 mil ilhas, barcos com sobrecarga e excesso de passageiros são comuns, e há uma notória dificuldade de se aplicar as normas marítimas.

No mais recente acidente, o barco de passageiros, com 870 pessoas, navegava por nove horas, quando se aproximou à noite de Cebu, centro econômico a 560 km de Manila. O barco se chocou com um cargueiro que deixava Cebu num estreito canal e, aparentemente, eles tomaram a mesma via do canal.

Regras

De acordo com as regras da navegação, duas embarcações, quando em rota de colisão, devem virar para a direita, afirmou à Reuters o comandante William Melad, chefe da guarda costeira do distrito da região central de Visayas.

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Os proprietários do barco de passageiros afirmaram que ele buzinou diversas vezes antes da colisão. Um representante do grupo proprietário do barco disse, sob condição de anonimato, que o seu barco não poderia virar para a direita porque não havia profundidade suficiente daquele lado.

Os proprietários do cargueiro não quiseram comentar o acidente. O navio está em Cebu, com um buraco no casco.