Protestos contra a repressão no Irã acontecem dentro e fora do país.| Foto: EFE/EPA/SEDAT SUNA
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Mais de 700 prisioneiros recuperaram a liberdade no Irã após a vitória da seleção iraniana sobre o País de Gales na Copa do Mundo no Catar, conforme anunciou a agência da Autoridade Judicial Mizan Online na segunda-feira (28).

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Depois de perder para a Inglaterra por 6 a 2, o Irã venceu o País de Gales por 2 a 0 na sexta-feira (25), e enfrenta os Estados Unidos nesta terça-feira (29). “Após uma ordem especial do chefe da Autoridade Judicial, com a vitória da seleção nacional de futebol (...) sobre a do País de Gales, 709 detidos foram libertados em diferentes prisões do país”, diz a agência. Entre eles estão “algumas pessoas presas em eventos recentes”, declara, sem dar mais detalhes.

Por “eventos”, a agência faz alusão aos protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, em setembro: uma curda iraniana de 22 anos que morreu após sua prisão pela polícia de costumes por ter, segundo as autoridades, violado o rigoroso código de vestimenta da República Islâmica ao não usar o jihab (lenço). As autoridades relataram milhares de pessoas presas nos protestos, com a justiça alegando ter acusado mais de 2 mil. As organizações de direitos humanos no exterior relatam um número muito maior de detenções.

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Além disso, de acordo com a ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, pelo menos 416 pessoas foram mortas na repressão dos protestos no Irã.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]