Conhecida por seus trabalhos de caridade, a primeira-dama síria, Asma al-Assad, tentou passar despercebida durante o levante contra o regime de seu marido, Bashar al-Assad. Vez ou outra apareciam rumores de que Asma tinha deixado o país com os filhos, mas inúmeras vezes foi possível ver a bela esposa de Assad em manifestações de apoio ao marido. Após dez meses, Asma resolveu quebrar o silêncio e concedeu uma entrevista por e-mail ao jornal britânico "The Times", na qual defende o regime sírio e as forças de segurança e pede o diálogo.
A entrevista foi criticada por ativistas e opositores do presidente, que chamaram a primeira-dama de hipócrita. Por e-mail, enviado por seu escritório, Asma contou que mantém a sua agenda oficial e que continua concentrada em suas obras de caridade. Segundo as autoridades, Asma costuma se encontrar com as famílias das vítimas da violência para consolá-las.
Uma fonte próxima à família Assad disse ao "Times" que tanto Asma quanto o marido costumavam visitar vítimas e parentes de mortos no início do levante, mas há tempos abandonaram essa atividade.
"O presidente é o presidente da Síria, não de uma facção de sírios, e a primeira-dama o apoia neste papel", lia-se logo no início do e-mail.
Asma, de 36 anos, nasceu e foi criada no Reino Unido. Até o levante eclodir na Síria, em março passado, ela era a primeira-dama mais conhecida do Oriente Médio, capa frequente de revistas da região, mas nos últimos meses se tornou uma figura reclusa. Apesar de ter sido criada em Londres, filha de um conhecido cardiologista da Inglaterra, Asma vem de uma família sunita de Homs, cidade que está sendo palco da pior repressão aos rebeldes nos país.
Antes de publicar a reportagem, o "Times" teve que enviar o texto para os assessores de Asma para que eles pudessem aprovar a sua edição.
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