Cisjordânia - As obras em assentamentos israelenses na Cisjordânia foram retomadas ontem, um dia após o fim da moratória de dez meses que impedia a construção em colônias judaicas no território. Em Adam, Yitzhar, Karmé Tzur e Kyriat Arba, as máquinas foram posicionadas logo após o fim do prazo (meia-noite, hora local) e começaram a trabalhar ainda pela manhã.
Em Ariel, um dos maiores assentamentos da região, escavadeiras iniciaram a nivelação de um terreno onde serão erguidas 500 mil casas. Em Hebron, o vice-ministro da Educação, Meir Porush, colocou a pedra angular de uma nova creche.
Teoricamente, qualquer colono que possua permissão anterior ao congelamento pode iniciar obras em terreno de sua propriedade. Porém, a mídia israelense noticiou que o fim da moratória não significou um intenso reinício das construções.
Por causa do feriado judeu de Sucot, que irá durar toda a semana, e por razões de segurança, pa lestinos estão proibidos de entrar nas colônias e, portanto, não há quem faça os trabalhos.
Mas há também cautela pelo lado israelense.
O prefeito da colônia de Efrat, Oded Revivi, disse que empreendedores estão relutantes em apoiar projetos porque têm medo de que as construções sejam novamente interrompidas.
Diplomacia
O movimento mais vultoso ontem foi registrado no campo diplomático, com diversos países se engajando em esforços para que o fim da moratória não represente o naufrágio das recém-iniciadas negociações de paz entre israelenses e palestinos.
No domingo, o premier Benjamin Netanyahu pediu ao presidente da Autoridade Nacional Palestina para que as conversas continuem. Em Paris, Mahmoud Abbas que exige o fim total das construções disse que anunciará sua decisão após reunião da Liga Árabe, no próximo dia 4.
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