Aproximadamente mil tunisianos se reuniram para protestar nesta quarta-feira contra o Ministério do Interior para pedir a renúncia do ministro Ali Laridi, após o assassinato do líder opositor Chukri Bel Aid, secretário-geral do agrupamento de esquerda Partido dos Patriotas Democratas Unificados (PPDU).

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Muitos comércios e cafés da avenida Burguiba, no centro, onde fica a sede ministerial, fecharam as portas por medo que aconteçam distúrbios, enquanto forças antidistúrbios começaram a chegar às imediações, segundo constatou a Agência Efe.

"Fora Laridi!" e "Fora governo!" são as duas frases mais gritadas pelos participantes que começaram a se reunir apenas três horas depois da morte de Bel Aid.

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Hama Hamami, líder do Partido dos Operários Comunistas de Tunísia (POCT) e da plataforma "Frente Popular pelos Objetivos da Revolução" à qual pertence o partido de Bel Aid, lamentou "a morte de um amigo" e responsabilizou o governo pelo ocorrido.

"Toda a responsabilidade é do governo, que não quis escutar as advertências da oposição há um mês", disse Hamami por telefone à Efe, visivelmente comovido.

O advogado e líder opositor tunisiano, Chukri Bel Aid, foi assassinado a tiros quando saía de sua casa em um bairro de classe alta da capital tunisiana.

Da mesma forma que o resto da oposição, Bel Aid era muito crítico com as Ligas para a Proteção da Revolução (LPR) criadas por grupos salafistas e simpatizantes do partido governante islamita Al-Nahda.

Após o ataque, no sábado passado contra a sede do PPDU na cidade do El Kef, Bel Aid havia intensificado suas críticas contra as ligas, que acusava de estar por trás dos ataques contra várias sedes de partidos políticos.

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Bel Aid também criticava a inação da Polícia perante as agressões contra partidos opositores e seus líderes.

Ontem à noite, em um programa de televisão voltou a carregar contra o Executivo e o Ministério do Interior a que de novo reprovou sua passividade perante estes agrupamentos.

Bel Aid foi um dos principais líderes na clandestinidade dos movimentos sociais e sindicais da região mineradora de Gafsa, durante os últimos anos do regime de Zine El-Abidine Ben Ali, quando seu movimento era clandestino.