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Turquia

Após noite de intensos confrontos, governo reabre o parque Gezi

Jovens incendeiam objetos na rua Istiklal, em Istambul, em protesto próximo ao parque Gezi | Reuters/Cevahir Bugu
Jovens incendeiam objetos na rua Istiklal, em Istambul, em protesto próximo ao parque Gezi (Foto: Reuters/Cevahir Bugu)

O parque Gezi de Istambul, símbolo dos protestos antigovernamentais na Turquia, foi reaberto ao público nesta madrugada após a saída das tropas policiais, que chegaram ao local para dispersar um grupo de manifestantes, e após horas de intensos confrontos, com direito a uso de jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.

Os protestos, que se concentraram na rua Istiklal, um via comercial da cidade, deixaram pelo menos um ferido e 35 detidos, a maioria altos cargos do Colégio de Arquitetos de Istambul e associações profissionais similares.

O emblemático parque, fechado ao público desde o último dia 15 de junho, foi aberto ontem pelo governador de Istambul, Hüseyin Avni Mutlu, mas acabou sendo novamente isolado pela Polícia depois de apenas três horas, uma medida que foi tomada com a intenção de impedir a concentração de manifestantes.

"Não é algo que desejávamos fazer, mas tivemos que fechar o parque novamente para evitar a entrada dos ativistas; houve gente que nem chegou a se sentar nos bancos, mas já traziam cartazes e gritavam palavras de ordem", justificou Mutlu ao falar da decisão de isolar o parque novamente, informou nesta terça-feira a emissora "NTV".

O governador também confirmou a prisão de um homem que teria usado sua pistola para ameaçar os manifestantes ontem, quando deu um tiro para o ar em um novo episódio de civis que se voltam contra os participantes dos protestos.

Por conta do primeiro dia após o Ramadã, o mês de jejum muçulmano, espera-se que as autoridades coloquem mesas no parque para a realização de cerimônia de ruptura do jejum, um gesto que muitos interpretam como uma tentativa de aproximar os religiosos do local, já que a oposição é feita por setores laicos contrários ao governamental Partido Justiça e Desenvolvimento.

No entanto, um grupo aliado dos manifestantes, os Muçulmanos Anticapitalistas, anunciou que formará uma corrente humana até o parque para celebrar o momento de ruptura do jejum, um ato de oposição à cerimônia municipal.

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