Bin Laden aparecerá em novo vídeo
Cairo O braço de mídia da Al-Qaeda anunciou ontem que irá divulgar um novo vídeo de Osama bin Laden apresentando o testamento de um dos seqüestradores suicidas dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, marcando o sexto aniversário dos ataques.
O anúncio é feito poucos dias depois de Bin Laden aparecer pela primeira vez em três anos num vídeo, dirigindo-se ao povo americano e aconselhando-o a abandonar o capitalismo e se converter ao Islã. O novo vídeo deverá ser divulgado nas próximas horas, para coincidir com o aniversário de 11 de Setembro, diz Ben Venzke, dirigente do IntelCenter, grupo americano que monitora mensagens de militantes islâmicos.
A informação foi transmitida num banner num site militante islâmico freqüentemente usado pela Al-Qaeda para transmitir mensagens e foi assinada pela Al-Sahab, o braço de mídia da rede terrorista.
A Al-Qaeda tem marcado os últimos aniversários dos atentados de 11 de setembro com vídeos mostrando os testamentos de alguns seqüestradores.
São Paulo Seis anos após os atentados terroristas nos Estados Unidos e a decisão dos presidente George W. Bush de declarar guerra ao terror, o Al-Qaeda está mais vivo do que nunca. A constatação é de Jason Burke, autor do livro Al-Qaeda: a verdadeira história do radicalismo islâmico (Jorge Zahar Editor, R$ 49,90).
Segundo o jornalista, o erro dos EUA foi reduzir o problema da Al-Qaeda à figura de Bin Laden. "Bin Laden não criou o problema do radicalismo islâmico, ele só o divulgou por meio do ataque mais espetacular feito até agora", diz Burke.
Em seu livro, o jornalista britânico do jornal The Observer, afirma que a Al-Qaeda com liderança centralizada deixou de existir depois dos ataques de 11 de setembro por causa das ações americanas contra o terrorismo. Segundo Burke, hoje em dia, a rede terrorista tem diversos braços que atuam independentemente de uma autoridade central. "A célula de militância da Al-Qaeda é tão importante quanto os muitos outros líderes da organização espalhados pelo mundo", explica. "É por isso que é errado pensar que a morte ou a captura de Bin Laden será a solução do problema "
Para o escritor, o governo do Paquistão tem sua parcela de culpa no reagrupamento da rede terrorista no norte do país. No entanto ele ressalta que mesmo se as autoridades paquistanesas estivessem 100% comprometidas em desmantelar e destruir as bases da Al-Qaeda no país, eles não conseguiriam.
O jornalista afirma que o fim da Al-Qaeda ainda está longe de chegar. "A organização vai continuar a se desenvolver e, com o passar dos anos, deve evoluir de maneira mais dinâmica", conta. "Acredito que no futuro veremos mais da ideologia da Al-Qaeda e menos da organização", afirma.
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