A viúva do falecido ditador chileno Augusto Pinochet, Lucía Hiriat, passou mal e foi internada de emergência no Hospital Militar de Santiago, depois da ordem de prisão emitida nesta quinta-feira (4) contra ela e seus cinco filhos por malversação de fundos públicos, informou seu advogado, Pablo Rodríguez.

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Hiriart foi internada depois de sofrer "uma descompensação arterial", segundo seu advogado, que acrescentou que ela apresentará à Justiça um recurso para reverter a ordem de prisão.

Augusto Pinochet Hiriart, filho de Pinochet, foi detido nesta quinta-feira por seus vínculos com as contas secretas de seu pai, descobertas há três anos no Banco Riggs dos Estados Unidos, informou o tribunal.

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Pinochet Hiriat foi detido num quartel da Polícia de Investigações por ordem do juiz Carlos Cerda, encarregado do caso de malversação e fraude fiscal atribuídos ao ex-ditador e sua família.

Além disso, Carlos Cerda ditou uma ordem de prisão contra a viúva de Pinochet.

Mais 17 pessoas, entre assessores, advogados e colaboradores, também receberam ordem de prisão.

O caso explodiu em 2004, quando uma investigação do Senado dos Estados Unidos encontrou várias contas correntes em nome de Pinochet e sua família no Riggs Bank de Washington.

O ex-ditador, que governou de 1973 a 1990, foi processado e esteve sob prisão domiciliar por este caso, mas morreu em dezembro passado, vítima de um infarto, sem ser condenado.

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A investigação sobre a fortuna de Pinochet foi aberta em 2005, após ser descoberto que ele mantinha contas secretas no Riggs Bank, dos Estados Unidos, e em outras entidades, nas quais tinha acumulado uma fortuna superior a US$ 26 milhões (cerca de R$ 52 milhões).

Ao falecer, em 10 de dezembro de 2006, Pinochet também já era acusado de desvio de fundos públicos. Em família

Os filhos de Pinochet já apareceram envolvidos anteriormente nas investigações do caso. Também estão na lista dos acusados pela Justiça os generais reformados Guillermo Garín e Jorge Ballerino, ex-chefes da chamada "Casa Militar", que foi um comitê de assessoria militar que Pinochet manteve nos últimos anos de sua ditadura.

Também é citado Ambrosio Rodríguez, um dos advogados de defesa de Pinochet e que durante seu regime ostentou o cargo de "procurador-geral da República", que foi suprimido após ser restabelecida a democracia.

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