Vários estudantes de universidades do Reino Unido começaram a montar acampamentos pró-Palestina em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
No entanto, os organizadores dos protestos nesses acampamentos não esperam que se repita a violência testemunhada em manifestações nos Estados Unidos, segundo a chamada “Campanha de Solidariedade à Palestina”.
O primeiro acampamento universitário foi montado por estudantes na semana passada na Universidade de Warwick, e depois nos campi de Bristol, Sheffield, Manchester, Leeds e Newcastle, de acordo com os organizadores.
A responsável de campanha do grupo, Stella Swain, disse à imprensa nesta quinta-feira (2) que, nesta semana e na próxima, “mais lugares aceitarão o pedido de apoio”. Segundo Swain, os protestos até agora estão sendo “completamente pacíficos” e não “há nada que indique que não serão”.
“Haveria muito poucos motivos para uma resposta [da polícia]”, afirmou Swain.
Swain acrescentou que os protestos pacíficos no Reino Unido envolveram estudantes que abordaram questões como o “colonialismo” e descreveu as manifestações como “eventos pacíficos, mas educativos”.
Ela enfatizou que esperava que nenhum político, apoiando ou não a causa, quisesse ver a polícia britânica agir como a polícia dos EUA agiu em relação aos manifestantes radicais estudantis do país.
Na Universidade de Manchester, um acampamento foi montado na região de Brunswick Park na quarta-feira (1º).
“Vocês podem ter certeza de que faremos tudo o que pudermos para manter as coisas como sempre e pedimos aos manifestantes que ajam dessa forma”, disse um porta-voz da instituição educacional.
“Estamos muito conscientes da necessidade de garantir que todos em nosso campus permaneçam seguros e protegidos e isso será de suma importância”, acrescentou.
Nos EUA, os protestos de estudantes que pedem o fim da cooperação de suas universidades com o governo israelense levaram a tumultos e prisões em cidades como Los Angeles, Nova York e Austin. Na Universidade de Columbia, em Nova York, diversos manifestantes chegaram a entoar gritos pró-Hamas.
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