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Menos de uma semana após a posse fraudulenta do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela, o líder chavista reforçou sua intenção de reformar a Constituição do país, algo que já era esperado desde as eleições de julho, de forma a garantir sua permanência no poder.
Em seu discurso anual, transmitido nesta quarta-feira (15), Maduro afirmou que iria “construir um novo Estado”, com a ajuda das Forças Armadas, que foram convocadas por ele a não “baixar a guarda”.
Para fazer cumprir sua vontade, o ditador venezuelano nomeou uma comissão nacional para trabalhar numa proposta de reforma constitucional que, de acordo com o chavista, busca "ampliar a democracia" e "definir um novo perfil da sociedade".
“Já temos condições, sim, acho que é uma das grandes tarefas, por isso passo a assinar o decreto pelo qual é criada a comissão nacional para a reforma da Constituição de forma unitária e inclusiva”, afirmou Maduro em seu discurso anual à nação, transmitido pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV).
Maduro escolheu o procurador-geral do país, Tarek William Saab, forte aliado da ditadura chavista, para liderar a comissão, que será integrada também pela esposa de Maduro, Cilia Flores, pela vice do regime, Delcy Rodríguez, bem como pelo deputado chavista, Hermann Escarrá.
A reforma constitucional, idealizada por Hugo Chávez e impulsionada por Maduro, será submetida a um referendo ainda este ano, em uma data que não foi definida.
O ditador acrescentou em seu anúncio que a Venezuela passará por 10 eleições neste ano para definir novos governadores, prefeitos, legisladores, integrantes de conselhos municipais, além de votações em plebiscitos e o referendo para alterar a Constituição.