O governo da Bolívia suspendeu dois decretos que exigiam a apresentação da carteira de vacinação contra a Covid-19 ou teste PCR negativo para a realização de procedimentos ou entrada em espaços públicos.
Segundo informações do jornal El Deber, os decretos já vinham sendo questionados na Justiça e o governo do presidente Luis Arce decidiu pela suspensão após pressão de entidades da sociedade civil ligadas ao Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales e do atual chefe de Estado.
A Federação Departamental de Professores da Educação Rural de La Paz havia estabelecido um prazo de 24 horas, que venceu na quinta-feira (6), para que a medida fosse suspensa. O El Deber informou que o sindicato concorda com a vacinação contra a Covid-19, mas não que seja imposta pelo governo.
Por sua vez, um líder dos cocaleiros da região de Yungas, numa declaração ao jornal boliviano, deixou claro que o setor é contrário à imunização. “Querem colocar isso em nossos corpos, estão fazendo uma experiência com a gente e estão ameaçando a vida dos bolivianos. Temos o direito de decidir se seremos vacinados ou não”, afirmou.
Outros sindicatos e entidades representativas e cristãs também se manifestaram contra a obrigatoriedade, pedindo que a questão fosse melhor discutida, ao invés de ser imposta.
O governo de Luis Arce informou que cerca de 70% da população boliviana já recebeu ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e quase 60% está com o esquema completo de vacinação.
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