Durante um encontro com líderes africanos chefiada pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, em Kiev, nesta sexta-feira (16), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou que um diálogo de paz com a Rússia, somente será possível após a retirada completa das tropas russas dos territórios ocupados.
A fala de Zelensky foi dada em uma entrevista coletiva, após o presidente sul-africano pedir uma redução no conflito. Ramaphosa cobrou que “deve haver desescalada de ambos os lados para que a paz possa encontrar uma maneira de resolver o problema”.
Zelensky voltou a repetir que “qualquer negociação com a Rússia, agora que o ocupante está em nossa terra, significa congelar a guerra, congelar a dor e o sofrimento”,
“É óbvio que a Rússia agora está tentando retornar às suas velhas táticas primitivas de engano. Mas enganar o mundo, na Rússia, não funcionará mais. É definitivamente impossível enganar a Ucrânia. Enfatizo mais uma vez: precisamos de paz real e, portanto, uma verdadeira retirada das tropas russas de toda a nossa terra independente”, disse o presidente.
Após reunião em Kiev, os líderes africanos se reúnem neste sábado (17) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para apresentar o mesmo acordo de paz.
O Kremlin assegurou que o presidente russo continua aberto a qualquer contato para discutir possíveis soluções para o conflito na Ucrânia. Outro dos assessores de Putin, Yuri Ushakov, destacou que o lado russo ainda não conhece o conteúdo da iniciativa de paz que a delegação africana pretende apresentar. “Ele nao nos enviaram”, declarou Ushakov à Agência EFE.
Neste sábado, foi registrado mais um ataque russo na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, de acordo com a administração militar regional. Um míssil atingiu um veículo e matou quatro pessoas.
"Os ocupantes bombardearam o vilarejo de Guryev Kozachok, no distrito de Bohodukhiv. Um míssil guiado antitanque russo atingiu um veículo civil que transitava na direção desse vilarejo", disse Oleg Siniegubov, chefe da administração militar de Kharkiv. (Com informações da Agência EFE)
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