Às 21h25, horário local, a polícia de Paris afirmou que 115 pessoas haviam sido detidas em um dia de protestos majoritariamente calmos dos "coletes amarelos" na capital francesa, que deixaram sete pessoas com ferimentos leves.
Os protestos em Paris e no restante da França tiveram um movimento substancialmente menor em sua quinta semana seguida. A polícia estimou o número de manifestantes em Paris em cerca de 3 mil, ante 10 mil no sábado anterior (8). Em toda a França, a quantidade de pessoas nos protestos divulgada por autoridades do país foi de 33.500, menos da metade do número de uma semana antes.
As manifestações começaram como um protesto contra o aumento no preço de combustíveis, mas se transformaram em um movimento nacional contra injustiças econômicas das quais os franceses com menor renda alegam serem vítimas.
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Os manifestantes foram às ruas pela quinta semana consecutiva, e pela primeira vez após o anúncio do presidente francês, Emmanuel Macron, de aumento do salário mínimo no país e outras medidas para tentar conter os protestos turbulentos, nesta segunda-feira (10), após reunião com líderes sindicais e empresários.
Entre as medidas anunciadas por Macron estão o aumento de 100 euros no salário mínimo e um corte de impostos para aposentados. O governo fará cortes em outras áreas do Orçamento para financiar as medidas.
As concessões de Macron elevaram os temores de que a França ultrapasse o teto fiscal imposto pela União Europeia no ano que vem, caso não haja outros cortes no Orçamento. O limite para o aumento da dívida pública em países europeus é de 3% do PIB.
O governo francês estimou em até US$ 11 bilhões (cerca de R$ 43 bilhões) os custos dos protestos dos chamados "coletes amarelos", bem como das medidas anunciadas pelo presidente francês Emmanuel Macron para acalmá-los. A estimativa foi feita na terça-feira, 11, pelo porta-voz Benjamin Griveaux.
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