A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, durante a cúpula do G7 em junho| Foto: EFE/EPA/ETTORE FERRARI
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Os líderes do G7, grupo formado pelas maiores democracias industrializadas do mundo, defenderam nesta sexta-feira (13) que o fim do regime de Bashar al-Assad na Síria sirva de ponto de partida para um processo político “inclusivo, pacífico e ordenado”.

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A defesa foi feita por meio de um comunicado que foi divulgado após um encontro por videoconferência que reuniu chefes de Estado e de Governo do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen. O objetivo central do G7 é garantir estabilidade ao país árabe, fomentar o retorno seguro de refugiados e promover o respeito aos direitos fundamentais.

De acordo com a presidência rotativa italiana, que comandou a conversa, no encontro, “os líderes discutiram a situação na Síria e, de acordo com a declaração adotada ontem [quinta-feira, 12], esperam que o fim do regime de Assad marque o início de uma transição pacífica e ordenada através da definição de um processo político inclusivo”.

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Segundo a representação alemã presente no encontro, a transição, lideradas pelos rebeldes islâmicos, deve assegurar condições para um “retorno seguro e digno dos refugiados” e salvaguardar a proteção de todas as minorias locais.

Na quinta-feira, o grupo já havia divulgado um posicionamento conjunto reforçando a necessidade de um Estado sírio inclusivo.

“Estamos prontos para apoiar um processo de transição que, dentro dessa estrutura, leve a um governo confiável, inclusivo e não sectário, que garanta o respeito ao estado de direito, aos direitos humanos universais”, bem como “aos direitos das mulheres e à proteção de todos os sírios”, afirmaram no documento.

Além do cenário sírio, a agenda do G7 abordou outros focos de tensão na região. O grupo ressaltou a importância de respeitar a trégua no Líbano, qualificando-a como “um importante passo em direção à paz”. Também apoiou o plano dos Estados Unidos por uma trégua na Faixa de Gaza, desde que condicionada à libertação de todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas e ao aumento da assistência humanitária à população civil, sinalizando que tais ações podem ajudar a encerrar a crise local e abrir caminho para uma solução de dois Estados.

A guerra na Ucrânia também esteve em pauta. Os líderes condenaram a “brutal” agressão russa, reafirmando o compromisso de respaldar a luta do povo ucraniano por liberdade, soberania e independência. Nesse contexto, o G7 denunciou a “crescente colaboração militar” entre Rússia e Coreia do Norte, destacando a intenção de manter sanções e medidas contra atores que apoiem o esforço de guerra de Moscou.

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O encontro virtual, presumivelmente o último sob a presidência italiana – atualmente representada pela primeira-ministra Giorgia Meloni –, serviu para repassar a liderança do grupo ao Canadá, cujo primeiro-ministro, Justin Trudeau, deverá conduzir as iniciativas do G7 durante o ano de 2025.