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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta sexta-feira (8) que está aberto a negociar com a oposição conservadora a realização de eleições antecipadas antes de março de 2025, como havia planejado inicialmente, após o rompimento de sua coalizão governamental.
“Do meu ponto de vista, a conversa agora deve acontecer onde deve ocorrer e está ocorrendo agora entre os grupos parlamentares”, declarou Scholz ao final de uma cúpula europeia informal em Budapeste, na Hungria, depois que Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (UDC), pediu que ele antecipasse a data das eleições em troca do apoio a alguns projetos do governo em minoria.
“Anunciei na quarta-feira que quero viabilizar eleições antecipadas rapidamente para que haja clareza após a saída do FDP do governo”, disse o chanceler, em alusão ao Partido Democrático Liberal, até quarta-feira (6) membro da coalizão que Scholz liderou nos últimos três anos junto com o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) e os Verdes.
“Devemos discutir se isso é possível sem nervosismo”, afirmou Scholtz, além de se referir às medidas que ainda gostaria de ver aprovadas no Parlamento antes do final do ano, “porque seria bom se o Bundestag [Câmara Baixa] pudesse chegar a um acordo entre os grupos democráticos sobre quais leis podem ser aprovadas este ano”.
O chanceler alemão rejeitou a possibilidade de fazer a moção de confiança - uma votação que sabe que perderia antecipadamente porque não tem maioria -, condicionada ao eventual apoio de outros grupos parlamentares às iniciativas pendentes.
“Eu não exigiria que outros apoiassem uma política com a qual não concordam”, disse Scholz, em um dia em que Merz propôs 19 de janeiro como data para eleições antecipadas.
“Novas eleições poderiam ser realizadas na Alemanha em 19 de janeiro”, disse Merz à revista Stern.
“Isso é daqui a dois meses e meio”, enfatizou o líder do principal partido de oposição da Alemanha.
Scholz anunciou que estaria sujeito a uma moção de confiança em 15 de janeiro, o que significaria que as eleições antecipadas deveriam ser realizadas no final de março ou no início de abril.
Na manhã de hoje, Merz exigiu que o chanceler antecipasse o voto de confiança para a quarta-feira da próxima semana, coincidindo com sua declaração governamental sobre a situação do país na Câmara dos Deputados.