A candidata que busca se tornar a sucessora de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, não sofre de qualquer outro problema de saúde, fora a pneumonia, e retomará a campanha eleitoral ainda nesta semana, segundo um porta-voz de sua equipe. Ele acrescentou que documentos médicos serão divulgados nos próximos dias.
A candidata passou mal ao participar de uma cerimônia de homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, neste domingo (11) - motivo suficiente para fazer ressurgir questionamentos sobre seu estado de saúde. Há tempos, Donald Trump, o rival da democrata na corrida à Casa Branca, vem desafiando Hillary a divulgar seu histórico médico detalhado, após rumores de que a democrata esconde problemas de saúde e poderia ter Parkinson. Trump já chegou a dizer que ela carece da “força mental e física” para exercer a presidência dos EUA.
“Posso assegurar que não há outro problema médico que não tenha sido divulgado”, afirmou o porta-voz da candidata Brian Fallon ao canal MSNBC nesta segunda.
Depois de passar mal neste domingo, Hillary foi diagnosticada com pneumonia. Ela está tomando antibióticos e foi aconselhada a descansar e alterar sua agenda de campanha. Por isso, a democrata suspendeu seus atos de campanha na Califórnia nesta segunda e terça-feira (12 e 13).
O incidente ocorreu no Marco Zero de Manhattan, quando Hillary pareceu perder o equilíbrio e se retirou da cerimônia com ajuda, dirigindo-se ao apartamento de sua filha, Chelsea. Imagens divulgadas no Twitter mostram uma Hillary instável e cambaleante enquanto aguarda o veículo para deixar a cerimônia, precisando ser ajudada por seus acompanhantes.
Discrição
Enquanto disputa pela Presidência dos EUA, a democrata Hillary Clinton se vê obrigada a compartilhar informações sobre a sua saúde, embora tenha sempre sido discreta no assunto. A confirmação de que ela está com pneumonia só aumentou os pedidos para que os presidenciáveis liberem seus históricos médicos.
Em 1998, Hillary passou pelo que chama de “o momento mais assustador” da sua vida em questões de saúde. Ela teve um coágulo de sangue na perna direita enquanto ocupava o posto de primeira-dama dos EUA. O seu tratamento médico foi realizado com discrição, e o seu marido, o então presidente Bill Clinton, pouco falou sobre sua condição de saúde.
Mais tarde, em 2009, um segundo coágulo foi encontrado em suas pernas. O episódio só ficou bastante conhecido quando a sua médica publicou uma carta em 2015 para atestar que ela tinha boas condições de saúde para entrar na disputa pela chefia da Casa Branca.
E, em 2012, Hillary teve um terceiro coágulo diagnosticado. Mas, desta vez, no crânio. O caso era sério demais para que fosse mantido em segredo, especialmente porque ela, na época, era a secretária de Estado do governo do presidente Barack Obama. Ela passou vários dias em um renomado hospital da Nova York. Mais tarde, o seu marido revelou que levou seis meses para que ela se recuperasse.
Trump promete divulgar informações sobre seu estado de saúde
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (12) que a saúde é uma questão importante da campanha eleitoral após sua rival democrata, Hillary Clinton, revelar que está com pneumonia. Ele prometeu que irá divulgar em breve informações detalhadas sobre seu estado de saúde. Num tom amigável, diferentemente do que ele vem usando com a adversária, ele desejou que Hillary se recupere.
“Espero que ela fique bem e volte aos trilhos, e iremos vê-la no debate”, disse Trump em entrevista por telefone à Fox News.
Perguntado se a saúde dos candidatos é uma questão relevante, Trump disse:
“Penso que é uma questão. De fato, nesta semana fiz um exame físico e (...) quando os números saírem, irei divulgar números muito, muito específicos”.