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Atentados

Após segundo trauma, Tunísia intensifica ações antiterrorismo

Jovens e crianças fazem homenagem às vítimas do ataque  empunhando bandeiras da Tunísia. | Andreas Gebert/Efe
Jovens e crianças fazem homenagem às vítimas do ataque empunhando bandeiras da Tunísia. (Foto: Andreas Gebert/Efe)

O presidente de Tunísia, Beji Caid Essebsi, pediu neste domingo ao primeiro-ministro, Habib Essid, que adote as medidas excepcionais para lutar contra o terrorismo. As investigações sobre o atentado de sexta-feira(26) avançam e a segurança se intensifica em todo o país.

Cidades como Sousse, local do ataque, e também Hammamet, Monastir e pontos turísticos perto da capital tunisiana amanheceram no domingo (28) protegidas por mais patrulhas de forças especiais da polícia nacional, que vigiavam as ruas fortemente armadas.

“Nosso plano pretende mobilizar (nos próximos dias) mil policiais armados para proteger hotéis e turistas”, explicou na noite de ontem aos jornalistas o ministro tunisiano de Interior, Nayam Al Gharzali.

A medida é considerada bem-vinda pela população, mas foi duramente criticada por analistas, que afirmam que o governo já deveria ter tomado uma atitude muito antes.

Alguns críticos, como o advogado Nasser al Hadi, acreditam que se o governo tivesse escutado os que alertaram sobre a radicalização de certas mesquitas e a necessidade de reformar, modernizar e fortalecer os serviços de segurança e de inteligência, a situação seria muito diferente.

Falta de segurança

No atentado jihadista do dia 18 de março, no museu do Bardo, na capital Túnis, no qual morreram 22 turistas estrangeiros, foi criticada a falta de segurança e a facilidade com a qual os atiradores agiram.

No caso do atentado de sexta-feira no hotel Marhaba Imperial, de Sousse, com 39 vítimas, as testemunhas afirmaram que os serviços de segurança demoraram quase 45 minutos para intervir e abater o “lobo solitário”, por isso voltou a ser exigida uma investigação.

Os analistas lembram que a investigação era imprescindível principalmente quando o país estava em estado de alerta com a ameaça de que os atentados poderiam retornar com o início do Ramadã, por isso a Polícia Nacional e o Ministério do Interior “deveriam dar explicações”.

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