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Uma análise forense confirmou que o corpo encontrado na última quarta-feira no sul da Faixa de Gaza junto com o do refém Yousef Ziyadne, de 53 anos, é o de seu filho Hamza, de 23 anos, ambos sequestrados em 7 de outubro de 2023 e mortos em cativeiro.
Com ele, 40 corpos de reféns foram removidos pelas tropas israelenses em 15 meses de guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas em Gaza.
“Após a conclusão da investigação do Instituto Nacional de Medicina Forense e da Polícia de Israel, nesta manhã (sexta-feira) representantes das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) notificaram a família Ziyadne que seu filho Hamza, que foi sequestrado na Faixa de Gaza, foi morto em cativeiro pelo Hamas”, informaram as IDF e o Shin Bet, a agência de inteligência interna, em comunicado conjunto.
Nessa semana, as tropas israelenses localizaram e removeram os corpos dos dois homens em um túnel subterrâneo na região de Rafah e os trouxeram de volta a Israel. O corpo de Yousef foi identificado na ocasião, mas o de Hamza exigiu verificação de análise forense.
As IDF disseram nesta quinta-feira, após a descoberta do corpo de Yousef, que o outro corpo encontrado levantavam “sérias preocupações” quanto à vida de Hamza, que era casado e tinha dois filhos.
Os Ziyadne viviam em uma aldeia beduína não reconhecida perto da cidade de Rahat, no sul de Israel, e foram feitos reféns pelo Hamas no kibutz Holit, onde vários membros da família trabalhavam.
Dois filhos mais novos de Yousef e irmãos de Hamza - Bilal, 18, e Aisha, 17 - também sequestrados pelo Hamas, foram libertados durante a trégua de novembro de 2023, na qual 105 reféns foram soltos em troca de 240 prisioneiros palestinos.
“Quatro membros da família foram sequestrados e apenas dois deles voltaram vivos. Yousef e Hamza, que sobreviveram a um período infernal no cativeiro do Hamas, poderiam ter sido salvos com um acordo”, declarou o Fórum das Famílias de Reféns.
“Temos uma janela de oportunidade histórica e não podemos perdê-la. Vocês têm o mandato do povo: tragam-nos de volta para casa”, o Fórum exigiu do governo de Benjamin Netanyahu, em meio ao novo ímpeto para as negociações.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula