O ainda ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que está prestes a deixar o cargo após ser demitido, afirmou nesta quinta-feira (7) aos familiares dos reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, está mantendo as tropas no enclave palestino “sem motivo”, segundo informaram vários meios de comunicação israelenses.

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Em um encontro com as famílias dos raptados pelos terroristas palestinos, Gallant assegurou que “não há mais nada a fazer em Gaza. Os principais objetivos foram alcançados”, relatou a emissora de televisão israelense Canal 12.

O ainda ministro, cuja destituição entra em vigor hoje, disse que o premiê tem a palavra final nas negociações para a troca de reféns com o grupo terrorista Hamas, e que tanto ele como os militares já em julho acreditavam que o momento era o ideal para se chegar a um acordo, segundo o jornal israelense Haaretz.

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Netanyahu anunciou a demissão de Gallant na noite de terça-feira (5), depois de meses de rumores sobre sua intenção de se livrar de um dos ministros mais poderosos e que mais se opôs em questões como o andamento da guerra em Gaza, as negociações para libertar os reféns ou a isenção do serviço militar para judeus ultraortodoxos.

Na noite de sua destituição, Gallant afirmou em um discurso que o principal motivo de sua demissão foi sua "posição firme sobre o recrutamento universal [incluindo judeus ultraortodoxos], o compromisso de resgatar os reféns e a necessidade de uma comissão estatal de inquérito sobre o 7 de outubro".

O atual ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, substituirá Gallant como titular da pasta da Defesa, e espera-se que o ex-aliado de Netanyahu, Gideon Saar, que se juntou à coalizão governamental no final de setembro com um cargo de ministro sem pasta, assuma o lugar de Katz

Os principais meios de comunicação israelenses interpretam a decisão de Netanyahu como uma tentativa de consolidar seu poder sobre o país, em um momento em que as forças israelenses mantêm duas ofensivas paralelas (em Gaza e no Líbano) e a tensão com o Irã e os seus grupos satélites continua a crescer.