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Momento em que mulher (vestida de vermelho) identificada como Susanna Maiolo, de 25 anos, salta sobre a barricada para agarrar Bento XVI antes do início da Missa do Galo: episódio levanta dúvidas sobre a segurança do Papa | Associated Press/AE
Momento em que mulher (vestida de vermelho) identificada como Susanna Maiolo, de 25 anos, salta sobre a barricada para agarrar Bento XVI antes do início da Missa do Galo: episódio levanta dúvidas sobre a segurança do Papa| Foto: Associated Press/AE

Reincidência

Agressora já havia tentado atingir pontífice

A mulher que se atirou sobre o Papa Bento XVI na quinta-feira à noite é a mesma que havia tentado saltar sobre uma barricada e alcançar o pontífice na missa de Natal do ano passado. Segundo o Vaticano, a agressora se encontrava "psicologicamente instável" e não estava armada.

A mulher foi identificada como Susanna Maiolo, de 25 anos, que tem dupla cidadania da Itália e da Suíça. O Vaticano informou que ela foi detida e transportada para um centro médico para que recebesse o "tratamento necessário".

A investida de Susanna deixou os seguranças do Papa visivelmente alterados e bispos espantados. O episódio voltou a provocar discussão sobre a vulnerabilidade do pontífice quando ele deseja manter contato com o público.

Reuters

Horas depois de ter sido agarrado e derrubado por uma mulher na Praça de São Pedro, momentos antes do início da Missa do Galo, o Papa Bento XVI pediu ao mundo ontem que abandone a violência e a vingança. O pontífice não mostrou sinais de perturbação depois da agressão e manteve sua carregada agenda de Natal.Em sua tradicional mensagem "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo), proferida da sacada central da Basílica de São Pedro, Bento XVI cobrou do mundo que redescubra a simplicidade da mensagem de Natal e leu cumprimentos em 65 idiomas.

Enquanto o Papa falava a dezenas de milhares de pessoas que estavam na praça, o Vaticano seguia concentrado no incidente da quinta-feira à noite. A agressora, Susanna Maiolo, de 25 anos, chocou o mundo católico e a segurança do Vaticano ao saltar sobre uma barricada na basílica, agarrar o Papa por suas roupas e derrubá-lo ao chão.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse ontem que é impossível fornecer segurança perfeita ao Papa porque estar perto das pessoas é parte de sua missão. "É impossível evitar todas as possibilidades de algo acontecer, mesmo em curto alcance", disse ele a jornalistas.

"O Papa quer ter um relacionamento direto, pastoral com as pessoas, no qual você pode tocar crianças, apertar a mão e fazer o que quiser e o que as pessoas querem que você faça", afirmou Lombardi.

Na Missa do Natal, Bento XVI disse que as pessoas deveriam "abandonar toda lógica de violência e vingança e se engajar com vigor e generosidade renovados no processo que leva à coexistência pacífica". O pontífice afirmou ainda que, além da grave crise financeira, o mundo é afetado "ainda mais por uma crise moral e pelas dolorosas feridas de guerras e conflitos". O Vaticano afirmou que Bento XVI, de 82 anos, não sofreu lesões. Já o cardeal francês Roger Etchegaray, de 87 anos e com longa carreira como diplomata do Vaticano, sofreu uma fratura da bacia ao cair durante o incidente ocorrido na Basílica de São Pedro. O cardeal deve ser operado no hospital Gemelli, de Roma.

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