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Mudanças

Após série de problemas, Boeing anuncia reformulação da diretoria e saída de CEO no final do ano

Edifício da Boeing na Califórnia, EUA (Foto: EFE/EPA/CAROLINA BREHMAN)

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A fabricante de aeronaves Boeing anunciou nesta segunda-feira (25) uma grande reestruturação no seu departamento de liderança, que será marcada pela saída do CEO Dave Calhoun ao final deste ano e a aposentadoria imediata de Stan Deal, chefe da divisão de aviões comerciais.

A reformulação surge em meio a uma crise de segurança sem precedentes que está ocorrendo com os produtos da empresa, marcada pelo incidente em janeiro envolvendo um painel que se desprendeu de um Boeing 737 Max 9 durante um voo da Alaska Airlines.

O episódio reacendeu preocupações sobre o compromisso da empresa com a segurança e a qualidade.

Calhoun, que renunciou ao cargo que ocupava desde 2020, expressou em uma carta aos funcionários que servir a Boeing nos últimos anos foi o “maior privilégio de sua vida”.

“Os olhos do mundo estão sobre nós”, disse o ainda CEO da empresa americana, acrescentando que a fabricante irá sair deste momento crítico como “uma empresa melhor”.

“Continuaremos firmemente focados em concluir o trabalho que fizemos juntos para devolver nossa empresa à estabilidade após os desafios extraordinários dos últimos cinco anos, com segurança e qualidade em primeiro plano em tudo o que fazemos”, concluiu Calhoun.

Segundo um comunicado emitido pela empresa, Larry Kellner, até então presidente do conselho de administração da Boeing, também anunciou que não disputará novamente o cargo na próxima assembleia anual de acionistas, passando o bastão para Steve Mollenkopf, ex-CEO da empresa de chipsets Qualcomm. Mollenkopf assumirá o cargo de presidente do conselho e deverá ser o responsável por escolher o próximo CEO da Boeing.

Já Deal, que chefiava a área mais afetada pelos recentes problemas, será substituído por Stephanie Pope, que ocupava o cargo de diretora de operações da fabricante americana.

A série de problemas recentes enfrentados pela Boeing incluiu também a queda repentina de um avião da Latam na Nova Zelândia e a morte misteriosa de um ex-colaborador da empresa.

Os incidentes colocaram a segurança dos passageiros em risco, o que levou a uma mobilização nacional nos EUA para uma fiscalização mais dura contra a empresa e a realização uma auditoria rigorosa dos produtos da mesma pela Força Aérea americana.

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