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Às 8h da próxima segunda-feira, no horário de Brasília, um "despertador" vai acordar a sonda espacial Rosetta, em "hibernação" há quase três anos no escuro do espaço, a 673 milhões de quilômetros da Terra. Lançada em 2004 pela Agência Espacial Europeia (ESA), o equipamento será despetado para começar a cumprir sua ambiciosa e inédita missão: entrar na órbita de um cometa, o Churyumov-Gerasimenko, e acompanhá-lo em sua viagem em torno do Sol, além de liberar uma segunda sonda, batizada Philae, para pousar na superfície do objeto em novembro de 2014.

O Centro de Operações da ESA, na Alemanha permanecerá de prontidão para averiguar qualquer sinal de fraqueza da sonda. Sinal esse que demoraria 45 minutos a chegar à Terra. Segundo os envolvidos na operação, esse hiato é o grande desafio da missão.

A hibernação da Rosetta serviu para economizar o consumo de energia e combustível e preservar o equipamento durante sua viagem de uma década para o encontro com cometa. A decisão foi posta em prática em junho de 2011, quando todos os equipamentos foram desligados - com exceção do próprio sistema de geração de eletricidade, os receptores de rádio e o relógio de seu computador principal.

Se tudo der certo, Rosetta fornecerá aos cientistas a chave para decifrar os mistérios da formação do Sistema Solar, há mais de 4,6 bilhões de anos, e talvez até da origem da vida na Terra. Essa chance existe pois o Churyumov-Gerasimenko é considerado um verdadeiros fóssil deste processo.

O cometa Churyumov-Gerasimenko foi formado a partir de detritos cósmicos há 4,6 bilhões de anos, quando o Sol ainda era uma estrela recém-nascida. Ao estudar o cometa, os cientistas também esperam aprender mais sobre a presença de moléculas orgânicas no gelo na região.

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