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Presidente mais velho da história dos Estados Unidos, com 81 anos de idade, Joe Biden alfinetou seu provável adversário na eleição de novembro, Donald Trump, ao fazer comentários sobre a idade do republicano (77 anos).
Em entrevista na segunda-feira (26) ao ator e comediante Seth Meyers, do canal NBC, o democrata afirmou que quem questiona sua memória devido à idade avançada “precisa dar uma olhada no outro cara”.
“Ele tem quase a mesma idade que eu, mas não consegue se lembrar do nome da esposa”, ironizou Biden.
Durante a Conferência Conservadora de Ação Política (CPAC, na sigla em inglês), evento conservador realizado no último fim de semana, Trump chamou sua esposa, Melania, de “Mercedes”.
Na entrevista a Meyers, Biden disse que a “idade das ideias” de um candidato é tão ou mais importante que sua idade de fato.
“Esse cara [Trump] quer nos levar de volta ao passado. Ele quer nos levar de volta ao passado no caso Roe vs. Wade [decisão da Suprema Corte de 1973 sobre o aborto, derrubada pelo próprio tribunal em 2022], ele quer nos levar de volta ao passado em uma série de questões que são há 50, 60 anos posições americanas consolidadas”, argumentou o democrata.
Hur concluiu que Biden reteve intencionalmente documentos confidenciais de seu período como vice-presidente, mas decidiu não apresentar acusações contra ele.
O que mais chamou a atenção no relatório, no entanto, foi a afirmação de Hur de que Biden demonstrou uma “memória significativamente limitada” durante o interrogatório em 2023.
O procurador especial revelou que Biden não se lembrava das datas em que serviu como vice-presidente e que tinha dificuldade em lembrar a data da morte de seu filho Beau, em 2015.
Em declaração no mesmo dia em que o relatório foi divulgado, Biden defendeu sua memória como estando em boas condições, mas, em determinado momento, se referiu ao presidente do Egito, Abdelfatah Al Sisi, como o “presidente do México”.
Embora em menor número que Biden, Trump também tem cometido lapsos de memória. Além do episódio do último fim de semana, no mês passado ele disse que sua adversária nas primárias republicanas, Nikki Haley, recusou uma oferta de “10 mil pessoas, soldados, Guardas Nacionais, o que eles quisessem”, para a segurança do Capitólio antes da invasão de 6 de janeiro de 2021.
Entretanto, a presidente da Câmara à época era a democrata Nancy Pelosi. (Com Agência EFE)