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A justiça eleitoral de El Salvador confirmou que o partido do presidente reeleito, Nayib Bukele, ocupará 54 cadeiras no Congresso, formado por 60 representantes, o equivalente a 90%.
Com isso, o Nova Ideias garante uma supermaioria no Legislativo federal, uma vitória já esperada e anunciada anteriormente pelo mandatário do pequeno país centro-americano.
As eleições gerais aconteceram no dia 4 de fevereiro, no entanto o sistema eleitoral sofreu com problemas técnicos e a contagem dos votos precisou ser feita manualmente, o que motivou um pedido da oposição pela anulação dos resultados.
Antes mesmo da justiça divulgar a vitória massiva, Bukele já havia se declarado vencedor do pleito eleitoral, no início de fevereiro. À época, ele afirmou que garantiu 58 cadeiras no Congresso, o que não se confirmou na divulgação da autoridade eleitoral do país, nesta semana.
A Aliança Republicana Nacionalista (Arena) e o Partido da Conciliação Nacional (PCN), ambos de direita, terão cada um dois assentos no Congresso, enquanto os partidos Democrata Cristão (PDC) e o Vamos ocuparão um assento cada. A Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de esquerda, depois de 30 anos, ficou sem espaço no Legislativo.
Bukele foi reeleito com mais de 80% dos votos. O "sucesso eleitoral" do atual chefe de Estado da pequena nação centro-americana é resultado de suas rígidas ações contra o tráfico de drogas e as gangues criminosas que controlavam as diferentes regiões do país.
Sua gestão restringiu diversos direitos constitucionais, entre eles os de defesa e liberdade de associação e circulação, iniciando uma série de operações policiais que prendeu milhares de criminosos em todo o território nacional. Tais ações voltadas para a segurança lhe renderam uma popularidade exorbitante de 90%.