Tel Aviv - Israel libertou ontem o presidente do Parlamento da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Aziz Dweik, preso havia três anos por ligação com o grupo islâmico radical Hamas, informaram seu advogado e o Serviço de Prisões. "Ele foi liberado da penitenciária de Hadarim (região de Tel Aviv) e está a caminho do posto de controle de Shaer Ephraim, norte da Cisjordânia, declarou seu advogado, Fadi Qawasmeh.
A família de Dweik confirmou a libertação. Eles moram na faixa de Gaza, território palestino controlado pelo Hamas desde 2007, quando tomou a força o poder do Fatah. Segundo os parentes, o deputado teve que pagar 5 mil shekels (US$ 1.250) de fiança. Um tribunal militar rejeitara no dia 17 de junho um recurso da procuradoria militar para manter Dweik na prisão após o cumprimento da sentença.
O dirigente palestino deveria permanecer preso até agosto, mas se beneficiou de uma "libertação administrativa. Dweik, 60 anos, foi eleito presidente do Parlamento em fevereiro de 2006, depois da vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas. O Exército israelense o prendeu em agosto do mesmo ano em Ramallah, na Cisjordânia, em uma operação que gerou muitos protestos em todo o mundo.
A operação foi realizada após o sequestro por milícias palestinas do soldado israelense Gilad Shalit, cujo paradeiro ainda é desconhecido. No mesmo dia, o Exército prendeu vários dirigentes do Hamas incluindo oito ministros e 29 parlamentares.
A prisão de Dweik paralisou o Conselho Legislativo Palestino. Os islamitas acusam Israel de tentar pressioná-los a libertar Shalit. Dweik é visto como um dos principais nomes do Hamas para a Presidência da ANP, apesar de mediadores ocidentais terem rejeitado negociar com uma possível liderança política do Hamas que não reconheça o Estado de Israel.
Durante sua prisão, Dweik foi levado inúmeras vezes a um hospital em Israel por problemas de diabete e pressão. Não está claro se seu estado de saúde contribui para sua libertação.