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Membros da Guarda Nacional do lado de fora do Capitólio dos Estados Unidos em 14 de janeiro de 2021 em Washington, DC.
Membros da Guarda Nacional do lado de fora do Capitólio dos Estados Unidos em 14 de janeiro de 2021 em Washington, DC.| Foto: Stefani Reynolds/Getty Images/AFP

Depois da invasão do Capitólio ocorrida no início deste mês, o temor de acontecer, durante a posse do presidente eleito Joe Biden, algum protesto ou tentativa de ataque aos edifícios públicos dos Estados Unidos aumentou e medidas preventivas de segurança estão sendo tomadas.

A uma semana da posse de Biden, forças federais, a Guarda Nacional e a polícia de Washington começaram a levantar barreiras e a fechar o acesso a diversos prédios públicos e parques para evitar confrontos em protestos que, de acordo com relatórios dos serviços de inteligência, estão sendo organizados por apoiadores de Trump.

Segundo o jornal Washington Post, investigações do FBI revelaram que dezenas de pessoas que estão em sua lista de suspeitos de ligação com o terrorismo estavam em Washington no dia da invasão ao Capitólio. A presença dessas pessoas revelou uma falha nos procedimentos de segurança.

O governo decidiu nesta quinta-feira (14), fechar toda a região do National Mall, um conjunto de parques que abriga diferentes monumentos de ex-presidentes e memoriais que relembram datas e guerras importantes para a história dos EUA.

No dia da posse, todo o National Mall estará cercado e será acessível só à imprensa e ao pessoal de segurança. Autoridades locais e federais já estabeleceram uma zona de segurança no centro da cidade e convocaram mais de 20 mil soldados da Guarda Nacional para a posse presidencial, no dia 20.

A medida é significativa porque o Mall era onde grande parte do público se reunia para ver a posse no Capitólio.

Nesta quinta-feira (14), por todo o centro de Washington, o som principal por vários quarteirões era o bipe de empilhadeiras descarregando mais cercas. Não havia carros, scooters ou turistas, mas trabalhadores erguendo barreiras. O Capitólio, que se revelou um alvo tão fácil no dia 6, agora é visível apenas através das cercas altas e pretas.

"Claramente estamos em águas desconhecidas", disse a prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela chamou a invasão do Capitólio de "insurreição violenta" por partidários do presidente Donald Trump e afirmou que isso afetou o planejamento para a cerimônia de posse.

O FBI alertou que protestos armados estavam sendo planejados em todas as 50 capitais dos Estados, assim como em Washington, nos dias que antecedem a posse.

As agências federais de segurança pública advertiram que a atividade extremista violenta continuará a aumentar e representará "a maior ameaça de terrorismo doméstico em 2021", disse um boletim divulgado nesta quarta-feira (13).

Por causa da pandemia e a ameaça à segurança, Bowser está pedindo às pessoas que não se dirijam ao Distrito de Columbia para a posse. A prefeita pediu a declaração do Evento de Segurança Especial Nacional, uma distinção que cria uma estrutura de comando e controle diferentes para a segurança.

O status é normal para uma posse presidencial e outros eventos importantes, como uma cúpula internacional ou o Super Bowl. Mas é raro iniciar o bloqueio tão antes do evento. Os veículos da polícia isolaram uma grande faixa do centro de Washington. Qualquer pessoa dentro do perímetro da posse pode ser detida e questionada.

Mudanças

A partir desta sexta-feira (15), todos os estacionamentos da zona restrita do centro serão bloqueados até a posse. Bowser também está sendo pressionada a negar opções de hospedagem a manifestantes violentos. Vários hotéis no centro, incluindo um que se tornou o ponto de encontro do grupo militante Proud Boys fecharam na semana passada.

As preocupações com a segurança em Washington, D.C., antes da posse do presidente eleito Joe Biden, também resultaram em algumas mudanças na agenda do democrata, revelou o site Político.

A equipe do presidente eleito cancelou uma viagem para Washington planejada para segunda-feira por causa do aumento das preocupações com a segurança. O comitê para posse presidencial recusou-se a comentar as mudanças.

A equipe de Biden também trouxe Lisa Monaco, uma ex-conselheira de Segurança Nacional da administração Obama, para servir como conselheira temporária da segurança da posse presidencial.

"Dadas as ameaças existentes, o papel temporário da Sra. Monaco será focado apenas no período que antecede a inauguração", disse um porta-voz do governo de transição.

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