Confronto
Pesquisas indicam vitória do presidente no último duelo na tevê
Agência Estado
O presidente dos EUA, Barack Obama, venceu o terceiro e último debate das eleições presidenciais de 2012 contra seu rival republicano Mitt Romney, de acordo com pesquisas divulgadas ontem pelas emissoras de televisão CNN e CBS. O debate ocorreu no final da noite de segunda-feira na Universidade Lynn, em Boca Ratón, no Estado da Flórida.
A pesquisa feita pela CBS indica que para 53% Obama venceu o debate, enquanto 23% disseram que foi Romney. Outros 24% disseram que houve empate. A pesquisa tem quatro porcentuais de margem de erro para mais ou para menos. Já a pesquisa da CNN indica que para 48% dos entrevistados Obama venceu, enquanto 40% dizem que Romney ganhou. A pesquisa tem 4,5 pontos porcentuais de margem de erro.
Obama foi mais agressivo, enquanto Romney parecia se conter, mas definiu a política do presidente para o Oriente Médio como um fracasso. A América Latina foi pouco citada e apenas como uma "oportunidade econômica" por Romney. Obama lembrou o que chamou de "sucesso" na política externa da sua administração: a morte de Osama bin Laden e a chamada "Primavera Árabe".
"O debate sobre política externa é o que tem menos impacto sobre os eleitores dos Estados Unidos."
Jamie Chandler, cientista político do Hunter College.
Democratas e republicanos começaram ontem a gastar suas últimas munições eleitorais na reta final da campanha. Logo após a queda de braço de segunda-feira à noite no terceiro e último debate presidencial, os dois candidatos partiram em busca de votos nos estados onde a disputa ainda é considerada indefinida.
O presidente e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, começou em Belray Beach (Flórida), a poucos minutos de onde ocorreu o último debate, uma viagem por seis estados, que inclui uma parada em Chicago na quinta-feira para votar antecipadamente.
Seu rival republicano, Mitt Romney, esteve ontem em Nevada e no Colorado, os dois principais estados do oeste, que poderão decidir o resultado da disputa.
O confronto se concentrará na Flórida, Ohio, Virginia, Wisconsin, Iowa, Colorado, Nevada e New Hampshire. Nos últimos dias, alguns analistas passaram a incluir na categoria de estados ainda em jogo Michigan e Pensilvânia, que até recentemente eram computados para a coluna da reeleição de Obama, e onde o presidente ainda tem vantagem de 5 e 4,8 pontos porcentuais, respectivamente, segundo a média das pesquisas do Real Clear Politics. Mas nem todos aceitam esta avaliação. "Vou acreditar nisso no dia que vir a campanha de Romney gastando um grande volume de dinheiro na Pensilvânia, o que ainda não aconteceu", disse o estrategista democrata Robert Shrum, que atuou na campanha presidencial de John Kerry, derrotada por George W. Bush em 2004.
As pesquisas apontam o eleitorado democrata menos entusiasmado, e por isso a campanha de Obama tem como mote convencer os eleitores a irem às urnas já que o voto não é obrigatório.
O presidente precisa mobilizar especialmente as fatias do eleitorado onde sua vantagem é maior: as mulheres, os latinos e os jovens. Entre as mulheres, Obama está 8 pontos percentuais à frente de Romney, mas este já é um diferencial menor que os 13 pontos de vantagem que registrou sobre o senador republicano John McCain, seu adversário nas eleições de 2008.
Os republicanos também deixaram claro que "vão fazer de tudo" nestas duas semanas. "Continuamos trabalhando como se fosse o primeiro dia de campanha e vamos fazer de tudo para ganhar no dia 6 de novembro", disse Sharon Castillo, porta-voz da campanha de Romney.
Os republicanos devem atacar os democratas em comícios e anúncios eleitorais com o assunto que mais incomoda: a economia, uma área na qual os porta-vozes de Obama reconhecem sua fraqueza.
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