A Tailândia vai transferir seu centro de identificação de vítimas do tsunami no Oceano Índico da Ilha de Phuket para Bangcoc nesta semana para tentar identificar 805 corpos sem registro no próximo ano, afirmou a polícia nesta quarta-feira. A maioria das equipes internacionais envolvidas na identificação - que vem sendo chamada de a maior investigação forense do mundo - deve deixar a Tailândia, após ter ajudado a identificar 2.945 corpos desde o desastre de 26 de dezembro.

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Equipes tailandesas vão assumir o trabalho de ligar um nome aos corpos remanescentes. Desses corpos, 508 podem ser de origem tailandesa e 160 teriam origem caucasiana, disse o porta-voz do escritório nacional da polícia Ajiravid Subarnbhesaj a jornalistas.

- Estamos esperando mais informações das famílias daqueles corpos não identificados e esperamos ser capazes de confirmar outros 200 a 300 corpos até fevereiro - disse Ajiravid.

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O número oficial de mortos pelo tsunami na Tailândia é de 5.395, dos quais 2.436 são estrangeiros. Outras 2.940 pessoas ainda estão desaparecidas.

Quase dois mil especialistas de 31 países estão trabalhando no centro tailandês de identificação de vítimas do tsunami (TTVI), coletando amostras do DNA, fazendo análises forenses e ajudando a repatriar muitos dos 3.750 corpos que o centro recebeu há quase um ano.

Uma ajuda especial foi dada por laboratórios na China, Suécia e Grã-Bretanha, assim como pelo Comitê Internacional de Desaparecidos em Sarajevo, que se especializou em obter DNA de amostras de baixa qualidade, disse o TTVI em um comunicado.

Os corpos não identificados continuarão armazenados em baixa temperatura até o fim do próximo ano, quando deverão ser enterrados, disse Ajiravid.

Ele não quis dar as nacionalidades dos corpos identificados e que foram devolvidos para as respectivas famílias, citando acordos de privacidade.

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