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O governo do Japão manifestou nesta sexta-feira (2) sua preocupação com a situação política na Venezuela, onde o Supremo Tribunal de Justiça do país confirmou a inabilitação de candidatos opositores ao regime de Nicolás Maduro para concorrerem nas eleições previstas para este ano.
Entre os vetados está a líder opositora María Corina Machado, que ficará impedida de exercer cargos públicos por 15 anos, segundo decisão do tribunal.
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Japão pediu a realização de eleições “livres e justas” que conte com a “ampla participação do povo venezuelano” para o “pronto e pacífico restabelecimento da democracia” no país sul-americano. O Japão também disse que continuará “cooperando com organizações regionais e internacionais, bem como com os países interessados, para melhorar a situação socioeconômica da Venezuela”.
A decisão do Supremo venezuelano gerou várias reações de repúdio e condenação de países e organismos internacionais, como Equador, Estados Unidos, União Europeia, França, Organização de Estados Americanos (OEA) e Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi o mais duro ao afirmar que seu país “não reconhecerá” os resultados das eleições venezuelanas, uma vez que o regime continue proibindo a participação de Machado.
Os Estados Unidos, que haviam suspendido as sanções ao petróleo, gás e ouro venezuelanos por seis meses como parte do Acordo de Barbados, assinado entre o governo e a oposição, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), advertiram que voltarão a aplicá-las a partir de abril se a candidata opositora continuar vetada. Além disso, aplicaram novamente sanções contra a comercialização do ouro venezuelano minerado pela empresa estatal Minerven.
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