A Apple decidiu seguir o mesmo caminho que Google, Facebook e Yahoo já haviam tomado, e divulgou a primeira lista das solicitações de dados feitas por governos ao redor do mundo. A empresa aproveitou para protestar contra decisão das autoridades de limitar a comunicação de seus pedidos.
"Nosso negócio não depende da coleta de dados pessoais", diz o documento da Apple, esclarecendo sua política em relação à privacidade do usuário.
A maioria das demandas é feita pelas autoridades que buscam informações em casos de roubos, ou outros delitos, para encontrar autores de sequestros, ou impedir suicídios, acrescentou.
O grupo destacou que o governo americano autorizou apenas a divulgação de um número limitado de informações sobre os dados solicitados à companhia.
A empresa recebeu entre 1 mil e 2 mil solicitações por parte do governo americano entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano, relacionadas a um volume de 2 mil a 3 mil contas.
A Apple não especificou quantos dados conseguiu reunir.
"Nós nos opomos firmemente a ordem de não publicação", insiste o documento da Apple, que defende maior transparência sobre os dados que foram pedidos por Washington.Fora dos Estados Unidos, a empresa recebeu centenas de demandas, sendo 127 do Reino Unido; 102 da Espanha; 93 da Alemanha; 74 da Austrália; e 71 da França.
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