Em um clima de apreensão e desconfiança em relação ao nível de segurança em Paris, turistas brasileiros que estão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), embarcaram no final desta tarde para a capital francesa.
Alguns chegaram a pensar em adiar a viagem, mas os custos envolvidos com remarcação de passagens e hotéis fizeram com que mantivessem os planos.
Esse é o caso do vendedor Daniel Costo Diogo, 39, que vai passar alguns dias em Paris. O guia turístico que contratou chegou a entrar em contato com ele para sugerir a mudança na data da viagem, mas Diogo checou os custos de remarcação e viu que não compensava.
“Vou ficar a poucos metros do Bataclan (teatro onde foi registrado o maior número de mortes). Sei que o clima não estará bom quando eu chegar, então vou ficar só três dias e seguir para Amsterdã”, afirmou.
A advogada Michele Gonçalves dos Santos, 29, e o engenheiro Tercio Eustáquio, 32, estão casados há um ano e meio e sempre tiveram vontade de conhecer Paris. Pensaram em cancelar a viagem, mas depois decidiram manter os planos, apesar da apreensão.
“Eu preferi nem acompanhar o noticiário ontem à noite e fui dormir para esquecer esse atentado”, contou.
Mas outra brasileira que estava embarcando para Paris nem pensou em cancelar a viagem. Vitória Issa é mãe de Camila Issa, estudante atingida durante os ataques ao restaurante Le Petit Cambodge. Ela não quis dar muitos detalhes sobre o estado de saúde da filha.
Avião da Air France é evacuado na Holanda após ameaça de bomba
Um Airbus da Air France que sairia de Amsterdã com destino à França foi evacuado na tarde deste sábado (14) após ameaças de bomba.
Leia a matéria completa“Tem gente muito idosa na família então por isso não posso dar muitos detalhes. É um momento delicado. Não dormi a noite toda”, afirmou.
Lua de mel
Os belgas Delphine Cottons, 30, e Davy Piler, 32, estão voltando para Paris, onde vivem, depois de passar a lua de mel no Brasil. O casal soube do atentado ontem à noite e entrou em contato com familiares e amigos. Mesmo assustados, preferiram não adiar a volta para casa.
“A gente tem muita sorte de estar vivo. Ficamos sim com medo de voltar, mas achamos que amanhã as coisas já estarão mais ou menos seguras”, afirmou Delphine.