Preços em alta e desaceleração da economia contribuíram para que a taxa de aprovação da população ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegasse no mês passado ao nível mais baixo em mais de 13 anos, revelou nesta terça-feira (3) um instituto de pesquisas russo.

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O levantamento feito pela agência independente Levada constatou que 61% dos entrevistados demonstraram aprovação ao desempenho de Putin em novembro, uma queda em relação aos 64% de outubro. O índice mais baixo até então era de 62%, registrado em janeiro.

A taxa de aprovação é de fazer inveja para muitos líderes mundiais, mas é a mais baixa obtida por Putin desde que o Levada iniciou sua pesquisa mensal, em junho de 2000, um mês depois de ele ter iniciado o primeiro de seus três mandatos presidenciais.

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"Num contexto de preços constantemente em alta, muitas pessoas veem pouca perspectiva de uma mudança positiva na situação (econômica)", disse o diretor do Levada, Alexei Grazhdankin, citando o que considera que pode ter sido o principal fator na queda de avaliação de Putin.

A taxa de aprovação de Putin excedeu 70% na maior parte de seus dois primeiros mandados, em 2000-2008, os quais coincidiram com um boom econômico impulsionado pelo petróleo, e alguma vezes chegou a 80%.

Eleito em 2012 para um terceiro mandato de seis anos, depois de um intervalo como primeiro-ministro, Putin vem enfrentando dificuldades para reavivar a economia.

O rublo chegou a seu ponto mais baixo em quatro anos nesta terça-feira, ao mesmo tempo que o Ministério da Economia reduzia a previsão de crescimento para 2013-2015, depois de meses de dados indicando estagnação no investimento das corporações e declínio na demanda dos consumidores.

Nos últimos meses a inflação está em alta e continua acima da meta.

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Putin, de 61 anos, conquistou um terceiro mandato em março de 2012, apesar das maiores manifestações de rua da oposição durante seu governo. Ele continua sendo o político mais popular da Rússia e não descarta a possibilidade de disputar um novo mandato presidencial em 2018.

Segundo Grazhdankin, as pesquisas indicaram que Putin não teria os 50% de votos necessários para evitar um segundo turno se a eleição fosse realizada em um futuro próximo.

Mas ele disse que a taxa de aprovação de 61 por cento dá a Putin uma "grande margem" de apoio e os russos ainda não deram sinais de que vão unir-se em prol de uma alternativa.