Os engenheiros que controlam à distância a missão Phoenix Mars Lander, da Nasa, estão planejando começar a desligar os aquecedores do veículo um a um, o que terminará por congelá-lo e desativá-lo. O veículo de exploração de superfície está enviando dados de Marte à Terra há cinco meses (bem mais que os três meses que deveria durar), mas começará a perder energia quando a luz do Sol começar a se reduzir. "Como esperado, com a chegada do outono no hemisfério Norte, o veículo está gerando menos energia devido aos dias mais curtos e ao menor número de horas de luz solar para seus painéis", anunciou a agência espacial norte-americana em comunicado. O veículo registrou nevascas, raspou gelo e descobriu que a poeira de gelo presente na superfície de Marte se assemelha quimicamente à água do mar terrestre, o que representa novo indício de que água em forma líquida pode um dia ter sustentado vida na superfície do planeta.
"Se não tomássemos nenhuma providência, não demoraria para que a energia necessária a operar o aparelho excedesse o volume de energia que este é capaz de acumular a cada dia", afirmou em comunicado Barry Goldstein, o diretor do projeto Mars Lander, no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, na Califórnia. "Ao desligar alguns dos aquecedores e instrumentos do veículo, podemos prorrogar a vida da sonda por diversas semanas e continuar a conduzir certos trabalhos científicos", disse.
Um a um
A Nasa disse que os quatro aquecedores de sobrevivência seriam desligados um de cada vez, a começar na terça-feira, em prazo de algumas semanas.
A equipe da Phoenix manteve uma sonda térmica e uma sonda de condutividade elétrica enterradas no solo para medir temperatura, umidade e condutividade. O veículo não precisa de um aquecedor e deve continuar capaz de enviar dados por algumas semanas.
Ainda na terça-feira, a Nasa havia anunciado que o Mars Reconnaissance Orbiter, um veículo de exploração orbital de Marte, havia encontrado indícios da presença de opalas -- uma nova categoria de minerais cuja descoberta sugere que existia água em forma líquida na superfície do planeta 1 bilhão de anos mais tarde do que os cientistas supunham.
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