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O aquecimento global está dando uma trégua, e deve continuar assim nos próximos meses, mas voltará com força total a partir de 2009. É o que afirma uma previsão climática para a próxima década, feita por cientistas britânicos. Segundo o estudo, os anos entre 2009 e 2013 serão todos mais quentes que o ano de maior calor já registrado, 1998.

A maioria dos modelos de computador que faz previsões de longo prazo sobre o clima se baseia apenas nos dados sobre o aquecimento global causado pela ação do homem. O modelo usado pelos pesquisadores do Departamento de Meteorologia da Grã-Bretanha, no entantou, inovou ao aliar esses dados com outros sobre fenômenos naturais, como correntes e temperaturas marítimas.

Com as informações usadas em conjunto, os cientistas conseguiram montar um quadro detalhado do que nos espera em termos de clima para os próximos anos.

A tendência para a década é de um aumento considerável de temperaturas. Apesar disso, os três ou quatro anos após 2005 não serão tão quentes assim. Ou seja, nós não estamos passando agora pelo momento mais delicado do aquecimento. Isso porque os fenômenos climáticos "naturais", como o El Niño, estão desequilibrando a delicada balança do clima global. Seus efeitos são mais fortes do que os dos gases de efeito estufa, e, por isso não está esquentando tanto.

A partir de 2009, no entanto, o calor deve vir com toda a força. O aquecimento vai superar os efeitos dos fenômenos naturais, e promete mudanças climáticas significativas.

Em seu trabalho publicado na "Science" desta semana, os pesquisadores, liderados por Douglas Smith, pedem que os governantes se preparem para esses próximos anos. Segundo eles, temos a oportunidade de planejar como melhor enfrentar o problema, melhorando a infraestrutura de saúde, as políticas energéticas e a atuação de empresas.

Ártico

Em outro estudo climático da "Science", cientistas do Instituto de Pesquisas do Deserto, dos EUA, afirmaram que a fuligem de indústrias e queimadas ajudou a deixar a situação do Ártico crítica entre os séculos XIX e XX. A partir da Revolução Industrial, a presença de fuligem no gelo da região aumentou sete vezes, contribuindo para o aquecimento e para o derretimento de geleiras.

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